Marconi deverá colocar nome na disputa ao governo neste sábado
Levantamento da Serpes será divulgado um dia antes do anúncio do ex-governador sobre qual cargo irá disputar
O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) vai anunciar se disputa o governo de Goiás ou o Senado no próximo sábado (16). Um dia antes, entretanto, será divulgada a pesquisa de intenções de voto Serpes. Para aliados, um levantamento na véspera não irá mudar a decisão do tucano, que é praticamente certa na disputa ao Palácio das Esmeraldas.
Ao Jornal O Hoje, a vereadora Aava Santiago (PSDB), que é pré-candidata à Câmara Federal, afirmou que as bases querem Marconi como governador. Perillo, vale lembrar, tem sempre reforçado o discurso de que não entrará no pleito por vaidade, mas que é um soldado do partido e seguirá o desejo da maioria.
Nesse sentido, o anúncio pela corrida ao governo seria mera formalidade. Os correligionários são, praticamente, unânimes pelo desejo de que ele tente voltar ao cargo de governador.
Ainda sobre a pesquisa, Aava afirma que elas sempre influenciam na tomada de decisões, mas não são definidoras. “O elemento mais substancial para uma tomada de decisão é militância, os aliados, as conversas… Enfim, os elementos internos.”
“Até porquê, já tivemos leituras de pesquisas até aqui. E elas são todas favoráveis. Todas apontam que uma candidatura de Marconi será forte. E todo o resto é desenrolar de campanha. Então, independente da Serpes o nome dele deve ser oficializado”, argumenta.
O “deve” de Aava é porque “tudo é possível na política”, ela lembra. Ainda assim, a parlamentar reforça que as chances para o anúncio de qualquer outro cargo é remota. “Se fossem considerados, as tratativas não chegariam a esse ponto. Um líder político da envergadura dele não geraria tanta expectativa para depois frustrar”, arremata.
Alianças
O Jornal Hoje apurou que o ex-governador Marconi Perillo não apoiaria, em nenhuma circunstância, a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições. Fiel ao PSDB, o tucano deve fazer palanque para chapa de Simone Tebet (MDB) em Goiás, uma vez que o partido está com ela.
Já no segundo turno, ele estaria fechado para apoiar na esfera nacional a chapa do ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alkmin (PSB) – mesmo tendo sido adversário político do petista por anos.
Algumas fontes também revelaram ao Jornal O Hoje que, em Goiás, Marconi buscará o apoio de Wolmir Amado – ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-GO) e pré-candidato ao governo pelo PT – para uma aliança, caso vá ao segundo turno. Eles já teriam, inclusive, conversado.
Vale lembrar, antes de Wolmir ser oficializado como nome do PT na disputa ao governo, o Partido dos Trabalhadores estaria em negociações com Marconi. As bases, contudo, não foram pacificadas e a união não foi possível.
Aliados
No primeiro turno, a expectativa é que o PSDB entre na corrida com alguns aliados. Os mais certos são o Cidadania e o Pros. Novo presidente do Cidadania, Gilvane Felipe já afirmou que a sigla apoia a pré-candidatura de Marconi. Ele assumiu a liderança da legenda na última semana, após dissolução do diretório anterior por falta de alinhamento com a executiva nacional.
Vale citar, o Cidadania de Roberto Freira faz parte da federação com o PSDB. Em Goiás, contudo, o partido estava alinhado com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
Já o presidente do Pros Marcus Holanda declarou ao Jornal O Hoje que, se Perillo oficializasse o nome ao governo, o partido caminharia com ele.