Serial killer de homossexuais é condenado a 104 anos de prisão
José Thiago Soroka é acusado de roubar e matar homens gays, no Paraná e Santa Catarina.
O serial killer de homossexuais, José Tiago Correia Soroka, foi condenado a 104 anos, quatro meses e seis dias de prisão por latrocínio, roubo agravado e extorsão. A decisão, foi tomada na última sexta-feira (8), pela juíza Cristine Lopes, da 12ª Vara Criminal de Curitiba.
Tiago foi preso em 29 de maio de 2021. Na época, a polícia informou que ele confessou três crimes dos quais ele era suspeito, mas ainda investigava se ele havia cometido outros assassinatos.
Os advogados de defesa do condenado, Piero Madalozzo e Rodrigo Riquelme Macedo, afirmaram nesta quinta-feira (14) que vão recorrer da decisão. Para eles, o réu deve ser julgado por homicídio e não por latrocínio.
“Todas as provas produzidas durante o processo foram suficientes para demonstrar que o acusado não teve intenção de roubar as vítimas e já ingressou com recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná para que seja revista a decisão de primeiro grau esperando que o caso seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri”, dizem os advogados de Soroka em nota.
As investigações apontam que o suspeito usava aplicativos de encontros para ir até a casa das vítimas. No encontro, ele estrangulava os homens e deixava o local levando pertences deles.
Segundo a polícia, os elementos do interrogatório demonstram que os crimes possuem motivação por ódio, e que o suspeito pretendia fazer uma vítima por semana. As autoridades políciais estimam que entre 10 e 20 pessoas possam ter sido vítimas de roubos do suspeito.
O serial killer afirmou que usava o dinheiro da venda dos pertences das vítimas para comprar drogas, e que buscava mudar de local na tentativa de fugir da polícia. Ele morava em pensões em Curitiba, e usava nomes falsos para se hospedar.