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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Pós-pandemia

IBGE: Taxa de desemprego recua 9,3% e mais de 10 milhões de brasileiros são atingidos

Na modalidade formal, o maior crescimento foi de empregados com carteira assinada no setor privado

Postado em 29 de julho de 2022 por Mariana Fernandes

A taxa de desemprego no Brasil diminuiu em 9,3%,  a partir do segundo trimestre de 2022, segundo uma publicação do IBGE nesta sexta-feira (29). O resultado tem sido positivo, por conta do retorno gradativo às atividades na pós-pandemia. 

O número de desempregados, por sua vez, recuou para 10,1 milhões. Em uma estatística oficial , a população desempregada reúne quem está sem trabalho e segue à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades, não entra nesse cálculo. 

Para a coordenadora de pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, “a retração da taxa de desocupação no segundo trimestre segue movimento já observado em outros anos. Em 2022, contudo, a queda mais acentuada dessa taxa foi provocada pelo avanço significativo da população ocupada em relação ao primeiro trimestre”.

O levantamento divulgado pelo IBGE, também retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, são avaliados desde empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

Trabalho informal é a escolha de muitos trabalhadores

O número de trabalhadores informais (referente a 39,3 milhões de brasileiros), também foi o maior da história. Em comparação com o trimestre anterior, o trabalho informal cresceu 2,8%, o que representa mais 1,1 milhão de pessoas. 

Fazem parte desses profissionais, trabalhadores que trabalham sem carteira assinada, empregadores e trabalhadores familiares auxiliares. 

Foto: Reprodução

“Houve a retomada do crescimento do número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que havia caído no primeiro trimestre. Além disso, outras categorias principais da informalidade, que são os empregados sem carteira no setor privado e os trabalhadores domésticos sem carteira, continuaram aumentando”, apontou Beringuy.

Na modalidade formal, o maior crescimento foi de empregados com carteira assinada no setor privado. O crescimento refere-se a 908 mil pessoas empregadas. 

Como consequência da pandemia, o mercado de trabalho sofre uma recuperação. Com a derrubada de restrições e a reabertura da economia, o mercado de trabalho retornou com força e o desemprego passou a ceder.

A criação de vagas também se deu pela perda na renda média dos trabalhadores. Em uma análise social, uma das principais questões apontadas como responsável, é a disparada da inflação.

Nos próximos meses, ainda é possível encontrar um cenário de risco. Com a inflação ainda elevada, juros maiores e algumas incertezas na corrida eleitoral, podem ameaçar a atividade econômica no próximo  semestre, e consequentemente a geração de empregos. 

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