“Temos que nos cercar de pessoas honradas e competentes”, diz Bolsonaro ao avalizar chapa
Na capital, Bolsonaro participou de motociata com apoiadores e protagonizou convenção de lançamento de candidaturas
O presidente Jair Bolsonaro desembarcou, na tarde da última sexta-feira (29), em solo goianiense. Na capital, ele participou, primeiro, de uma motociata com apoiadores e mais tarde foi à convenção estadual do PL, que oficializou os nomes de Vitor Hugo ao governo de Goiás e Wilder Morais na corrida ao Senado.
Bolsonaro chegou por volta das 16h. Depois de se reunir com apoiadores, o presidente partiu em comboio pelas ruas de Goiânia. Esta foi a segunda vez no ano em que o presidente participou de uma motociata na capital. A primeira delas foi em maio, quando levou Vitor Hugo na garupa.
A última parada foi no Clube Jaó onde Bolsonaro participou da convenção que confirmou os nomes do PL ao governo e Senado. A vice, no entanto, ficou sem definição, mas Vitor Hugo já revelou, em entrevista ao O HOJE, que a vaga deverá ser preenchida por uma mulher com laços evangélicos.
O presidente chegou ao encontro do PL por volta das 18h20 onde Bolsonaro também esteve reunido com outras lideranças políticas. Dentre elas os deputados estaduais Delegado Eduardo Prado e Major Araújo, além do federal Professor Alcides e Gustavo Gayer. A deputada federal Bia Kicis também participou.
Na solenidade, Wilder Morais foi o primeiro a falar. Depois, foi a vez de Vitor Hugo assumir o microfone. “Estava trabalhando para a minha reeleição a deputado federal. Mas acho que sou, assim como o presidente era, o improvável. Deus faz milagre a partir dos improváveis e coloca sua força no coração de cada um para que, a partir disso, possamos vencer”, disse Vitor Hugo ao justificar sua entrada na disputa.
Depois ele direcionou as palavras ao presidente. “Gostaria de agradecê-lo por abraçar esse estado. Foram mais de R$ 72 bilhões enviados a Goiás. Vemos que o senhor realmente tem um prestígio, uma paixão por nós. O que eu puder fazer para juntos cuidarmos de Goiás eu farei”, finalizou.
Bolsonaro discursou na sequência. Ao falar com o público rememorou, o atentado sofrido em 2018 em plena campanha. “Os médicos são unânimes em dizer que a cada 100 pessoas que toma uma facada como aquela apenas uma sobrevive. Não foi sorte. Foi a mão de Deus. A mão de quem reserva as coisas para a gente”, disse.
Em outro trecho ele resumiu seus anos de gestão. “Assumi um país com sérios problemas: éticos, morais e econômicos. 2019 não foi fácil. Começamos a tirar o Brasil daquela situação em que se encontrava. Lamentavelmente, em 2020 apareceu aquilo que até hoje é uma incógnita para muita gente. Lamentamos, fizemos a nossa parte e demos meios aos estados e municípios, através de programas, para socorrer os desempregados e amparar os mais humildes”.
Ao detalhar os programas, o presidente lembrou que apenas no ano de 2020 o Governo Federal investiu o equivalente a 15 anos do programa Bolsa Família. “Vencemos 2020, veio 2021, e enfrentamos a crise. O agro [agronegócio] também sofreu, mas o homem e a mulher do campo não pararam e garantiram a nossa segurança alimentar e de outros 1 bilhão de pessoas pelo mundo”. E finalizou: “O mundo sem o nosso agro passa fome”.
Ao comentar os resultados e expectativas para esse ano, lembrou que foi à Russia negociar o que chamou de “essencial” para a agricultura: os fertilizantes. “Mesmo com toda a crítica, fizemos a nossa parte. Depois veio a guerra, o que lamentamos”. Bolsonaro garantiu, para finalizar, que o Brasil será um dos poucos no mundo a alcançar o PIB positivo este ano.
“Vencemos 3 anos e meio sem nenhuma corrupção comprovada em nosso governo, o que não é virtude, é obrigação. Criamos o PIX e ninguém paga R$ 0,01 para usá-lo. (…) Temos que nos cercar de pessoas honradas e competentes para montar um bom governo e fazermos um bom trabalho onde vocês todos serão diretamente beneficiados”, disse antes de devolver a palavra.