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sábado, 16 de novembro de 2024
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Após queda de 0,31% inflação dos aluguéis residenciais sobe 1,05% em julho, diz FGV

Após quede de 0,31% inflação dos aluguéis residenciais sobe 1,05% em julho

Postado em 12 de agosto de 2022 por Ana Bárbara Quêtto

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FVG) nesta terça-feira (9/8), subiu 1,05% em julho. Em relação ao mês anterior, a taxa havia apresentado uma queda de 0,31%.

O acumulado em 12 meses do indicador passou de 8,05% em junho, para 8,65% em julho. Entre as cidades pesquisadas, o maior reajuste ocorreu em Belo Horizonte, com uma elevação de 2,49%, após apresentar a maior queda em junho, de -4.12.

No entanto, todas as cidades tiveram um aumento na passagem mensal. Em Porto Alegre os alugueis residenciais ficaram 1,07% mais caros, em São Paulo o aumento foi de 0,82% e no Rio de Janeiro o Ivar subiu 0,39%.

Em Belo Horizonte, na comparação anual, houve uma aceleração do Ivar de 7,89% para 9,71%. Já em São Paulo, de 8,23% para 8,99%; em Porto Alegro de 6,29% para 6,31% e no Rio de Janeiro o indicador passou de 10,43% para 10,41%, sendo a maior taxa interanual pesquisada.

Para o especialista do DataZap+, Pedro Tenório, com o salto nos juros, os donos dos apartamentos e casas ficam mais tentados a repassar o aumento para seus inquilinos.

“O valor dos aluguéis vem subindo desde outubro do ano passado e acelerou neste ano com o avanço da vacinação, o mercado de trabalho respondendo positivamente. Tudo isso possibilita que os proprietários repassem preços para inquilinos”, disse.

Aluguéis em Goiânia

Outro levantamento, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Zap +, aponta que Goiânia é a capital brasileira com maior alta no reajuste do aluguel desde janeiro deste ano.

A pesquisa ainda informa que Jardim Goiás é o bairro com o maior valor mediano de aluguel. Na segunda e terceira colocação aparecem, respectivamente, os Setores Marista (R$ 40,50/m²) e Bueno (R$ 26,80/m²), seguidos pelos bairros Bela Vista, Pedro Ludovico e Jardim Esmeralda (R$ 22,60/m²).

Já o setor Jardim América, apresenta o menor valor médio, de R$ 18,1/m². Com um aumento de 19,55%, a capital goiana lidera o ranking, seguida por Florianópolis com 18,6%. Já Salvador, encontra-se em terceiro lugar, com 15,26%.

Índice Geral de Preços

O principal índice utilizado no reajuste de aluguéis é o Índice Geral de Preços (IGP-M). Em julho de 2022, o IGP-M registrou uma variação de 0,21% e um acúmulo de 10,08% nos últimos 12 meses.

Porém, para o site QuintoAndar, a volatilidade do índice ocasionou na popularidade do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a variação de preços do custo de vida de famílias que possuem de um a 40 salários mínimos por mês. Em comparação ao parâmetro geral, o IPCA registrou uma deflação de 0,68% em julho deste ano e, nos últimos 12 meses, acumulou 10,07%.

Segundo o economista Aurélio Troncoso, a alta da tabela geral se dá pela influência do dólar no Índice. “Quando você pega a cesta de mercadoria que compõe o IGP-M tem as commodities, as matérias primas e material de construção. Quase todos os produtos importados que chegam aqui no Brasil e as matérias primas que entram estão diretamente ligados ao dólar, fazendo com que o IGP-M suba. Se o dólar está em baixa, o IGP-M acaba caindo”, afirma.

“Esse aumento do IGP-M faz com que as pessoas, na hora de ajustar o aluguel, peguem o índice. Infelizmente, ele está ligado principalmente ao dólar, fazendo com que o valor do aluguel fique mais alto e impacta diretamente em tudo. Portanto, todos os contratos indexados ao índice vão utilizá-lo”, explica.

Como calcular?

Um aluguel de R$ 1.500,00, por exemplo, com o vencimento em agosto de 2022, deve passar pelo reajuste, que tem como base o índice de 20,08% do IGP-M de julho. Para modificar, é preciso multiplicar o seu valor, que neste caso é R$ 1.500,00, por 1,1008.

Dessa forma, o resultado de R$ 1.651,20 passará a ser o valor que irá vigorar mensalmente até o próximo reajuste, que ocorrerá daqui a 12 meses.

De acordo com o economista, a alternativa mais viável para contornar a situação é: negociar com o locatário, pedindo uma redução ou aumento mínimo da quantia mensal. “Aqui no Brasil é complicado quando você reduz alguma coisa, já que naturalmente prejudica outra”, concluiu o economista.

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