Max Menezes e Camila Rosa deixam Mendanha por Caiado
O deputado estadual fala em seguir a orientação do partido para evitar problemas futuros, como situações com possível suplente
Candidato ao governo de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota) teve duas baixas em Aparecida de Goiânia, sua cidade. O deputado estadual Max Menezes (PSD), que tenta a reeleição, e a vereadora Camila Rosa (PSD), que disputa a Câmara Federal, declararam apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
Max é amigo de Mendanha, foi secretário do ex-prefeito. Camila foi vereadora da base de Gustavo e hoje compõe a de Vilmar Mariano, o Vilmarzin (Patriota). O PSD, entretanto, faz parte da base de Caiado. O presidente estadual Vilmar Rocha, inclusive, é candidato ao Senado isolado.
Vale lembrar, no fim de junho Max disse ao Jornal O Hoje que caminharia com Mendanha. Segundo ele, o partido estava ciente de sua relação com o ex-prefeito. Porém, no último domingo a questão partidária pesou. Mas não só isso.
“Eu tentei entrar no Patriota, lá atrás, mas disseram que eu tive a votação muito alta. O partido não me aceitou”, revelou Max Menezes, que teve mais de 30 mil votos em 2018.
O parlamentar revela, então, que foi para o PSD por indicação do próprio Gustavo Mendanha, que tinha expectativa de ter o partido com ele – o que não se concretizou. “A grande questão é estar no PSD e não seguir orientação da sigla. É sério. O suplente pode requerer o mandato”, demonstra preocupação.
Segundo ele, o estatuto da sigla não dá essa liberdade. “E eu precisava de apoio forte para seguir. Tenho uma relação antiga com o [vice de Caiado] Daniel Vilela (MDB). Ele e Maguito me ajudaram na última eleição. Então, Daniel e Caiado estão dando sustentação.”
Max reforça que é uma questão política-partidária e que não há briga com Mendanha, de quem é amigo. “É para evitar um problema amanhã. Vamos defender a bandeira do partido, principalmente por causa do professor Vilmar Rocha, que é uma referência para mim.”
Camila Rosa
A vereadora Camila Rosa, por sua vez, diz que não saiu da campanha de Mendanha, mas foi isolada por ele. “Não me convidava mais para as viagens e nem para o projeto. Nós sentimos quando nos excluem. Ele fez o mesmo com o Max”, afirma a candidata a deputada federal.
Segundo Camila, tanto o partido quanto os princípios dela seguem os mesmos. “Então, estive pensando: Aparecida ficou quatro anos distanciada do governo do Estado e isso não mudou nada vida dele [Mendanha]. Mas muda na vida da maioria das pessoas que vivem aqui. Então, isso não é justo. Como agente político, temos que assistir as pessoas que mais precisam”, argumenta.
Desta forma, sobre declarar apoio à reeleição de Ronaldo Caiado, a vereador e candidata a deputada federal afirma que se propôs a ser um elo entre o governo do Estado e a cidade. Para ela, Aparecida de Goiânia, como segundo maior colégio eleitoral do Estado, tem plenas condições de eleger dois nomes à Câmara.
“Temos capilaridade para isso. Atualmente temos o professor Alcides (PL), que deve ter votação expressiva em Aparecida. Então, como os demais candidatos da cidade optaram por disputar a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), decidi colocar o meu nome para disputar a Câmara Federal. Acredito que podemos fazer dois”, reforça.
Gustavo Mendanha
O Hoje procurou a assessoria do candidato Gustavo Mendanha para comentar as posições e declarações. Até o fechamento não houve retorno.