Ícaro Gonçalves e Mariana Fernandes

Após quedas recentes, os preços dos combustíveis devem cair ainda mais, é o que aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA15) divulgado nesta quarta-feira (24/8) pelo IBGE. Segundo o relatório, o valor do barril de petróleo sofreu uma diminuição de 1,5%. O valor do dólar também tem caído, o que causa otimismo nos especialistas.

Segundo o relatório, a gasolina caiu 17,6% no mês de agosto, acumulando redução de 22,9% no ano. Já o etanol caiu 11,7% na prévia de agosto, com queda acumulada de 23,4% no ano.

Influenciada pela queda nos preços dos combustíveis, em particular a gasolina e etanol, a pesquisa aponta uma queda da inflação na capital goiana, sendo a menor já registrada desde o início da séria histórica, iniciada em novembro de 1991.

Apesar da queda recorde, os preços dos alimentos, bebidas e saúde não tiveram diminuição. Segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Pedro Rodrigues, a Petrobras está sendo cautelosa com reduções homeopáticas porque há muitas incertezas no mercado internacional.

Para Rodrigues, o mercado de diesel ainda está muito volátil no mundo, principalmente em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia e o possível corte de fornecimento de gás natural para a Europa no inverno que se avizinha.

Outra alteração, diz respeito à energia elétrica residencial que pressionou pela quarta vez a queda do IPCA-15 em Goiânia. A análise mostra que, dos noves  pesquisados, como combustíveis, alimentos, energia elétrica, cinco apresentaram alta na prévia da inflação, entre eles,o sexto crescimento consecutivo no grupo ”Vestuário”, com destaque para as roupas masculinas, calçados e acessórios.

O segundo grupo com maior alta em agosto foi a categoria de ”Alimentação e Bebidas”, com a sétima alta do ano, levando em consideração os itens que mais subiram na capital goiana como; leites e derivados, frutas e panificados.