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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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‘Shape perfeito’

Mercado fitness cresce de forma extraordinária no Brasil

O setor mobiliza cerca de R$ 8 bilhões por ano em todo o País

Postado em 24 de agosto de 2022 por Lorenzo Barreto

O mercado fitness tem se tornado cada vez maior e mais promissor em várias partes do mundo. A promoção da saúde e do bem-estar, ou a procura do ‘shape perfeito’, tem sido uma realidade cada vez mais frequente entre seus praticantes nos últimos anos. De acordo com a International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), o mercado fitness brasileiro faturou US$ 2,1 bilhões em 2019, se posicionando como o terceiro maior das Américas, atrás apenas dos EUA e do Canadá, cuja receita alcançou a marca dos US$ 3 bilhões.

O aumento de interesse nesse setor deve-se muito à divulgação dos benefícios das atividades para a saúde, como também pela rápida propagação nas unidades de academias no País. A IHRSA afirma que atualmente existem 35 mil unidades oficiais, que colocam o Brasil como o segundo país com maior número de academias no mundo, atrás apenas dos EUA, com mais de 40 mil.

No entanto, se engana quem pensa que só de academias, aparelhos, suplementos e vestuários vive esse mercado. Além da busca pela alimentação saudável e perda de peso, o mundo fitness vem acompanhado de outras demandas que nem sempre parecem óbvias, mas que certamente complementam a tríade da saúde, estética e bem-estar.

Os números mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre sedentarismo no Brasil são alarmantes: 47% da população não pratica o mínimo de atividade física recomendado pela instituição para manter-se saudável, o que seria algo equivalente a 150 minutos por semana. A procura por uma vida mais saudável tem ajudado a indústria fitness nos últimos anos. A receita desse mercado cresce a uma média anual de 8,7% no mundo e deve alcançar números espetaculares até o final deste ano, aponta relatório da IHRSA.

Mantendo esse ritmo de crescimento, a indústria valerá US$ 126 bilhões até o fim deste ano. Os negócios fitness também conseguem gerar receita por meio de parcerias com empresas de bebidas e alimentos. Dentro das academias e estúdios é comum encontrar áreas onde os clientes podem se estabelecer para tomar um suco ou comer um lanche saudável antes ou depois do exercício. Dados do Ministério da Saúde indicam que o número de praticantes de atividades físicas cresceu 24% nos últimos 11 anos, o que tem alavancado os negócios do setor.

Para que haja motivo de comparação, entre 2019 e 2022, o Brasil registrou um aumento de 16,1% no número de startups de saúde, segundo a Startup Scanner, ferramenta da Liga Ventures que conta com o apoio estratégico da PwC Brasil para o mapeamento de startups brasileiras com soluções nas áreas de Saúde. Atualmente são 136 Sports Techs, 422 Food Techs e 440 Health Techs cadastradas na base da Scanner.

Físicamente distantes dos locais onde costumavam se exercitar, muitas pessoas recorreram a planos de aula e conteúdos online que as orientam durante o treino. Parte desses conteúdos é facilmente encontrada de forma gratuita, mas um planejamento completo se beneficia de aplicativos. Pensando nisso, surgiram apps dedicados a disseminar informações, conectar profissionais a clientes, vender alimentos, roupas e acessórios, entre outras funções. Essa tecnologia atende a permanecer ativa, agregando serviços de interesse para o público-alvo dos negócios fitness.

O mercado fitness mobiliza cerca de R$ 8 bilhões por ano – isso representa cerca de 3% da indústria de serviços brasileira e 0,13% do PIB nacional. Esses números ajudam a colocar o País na décima posição mundial em termos de faturamento e receita desse nicho. Por outro lado, é demonstrado que há cerca de 8 milhões de clientes em espaços fitness brasileiros. Isso quer dizer que só 4% da população nacional conta com algum tipo de estabelecimento com suporte especializado para realizar as suas atividades físicas. Dessa maneira, é possível perceber que há uma grande faixa do mercado a ser explorada.

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