Uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou 12 pessoas em situação análoga a escravidão em Trindade, região metropolitana de Goiânia. Os trabalhadores cortavam eucalipto com motosserras sem equipamentos de proteção e alguns eram abrigados no curral.

O resgate das vítimas foi feito por auditores do MPT, Policiais Federais (PF) e Rodoviários Federais (PRF) e da Superintendência do Trabalho em Goiás. O Ministério encontrou o fazendeiro para regularizar a situação trabalhista dos trabalhadores. O homem pagou R$ 113 mil de verbas rescisórias e mais R$ 100 mil de danos morais coletivos aos 12 resgatados.

Na fazenda, foi constatado que as condições dos alojamentos eram precárias. Os trabalhadores eram obrigados a conviver com falta de higiene; cômodos superlotados; colchões espalhados pelo chão dos quartos; fogão e fogareiro dentro dos quartos. Um dos trabalhadores que já não trabalhava mais no local chegou a dormir no curral, em um colchão no chão.

O MPT entende que condições degradantes de trabalho são um dos requisitos para considerar uma situação como análoga à de escravidão.