A nota de R$ 200 completa dois anos nesta sexta-feira (2). Quase esquecida, só uma a cada quatro cédulas existentes circulam atualmente no mercado. Em contrapartida, a inflação corroeu 19,6% do poder de compra com a nota, que hoje vale só R$ 161.

Especialistas apontam que o sumiço da nota se dá, porque cada vez mais pessoas armazenam grandes quantidades de cédula em casa. O chamado ‘entesouramento”, não é ilícito, mas pode facilitar crimes como evasão fiscal e lavagem de dinheiro. 

A cédula foi criada pelo Banco Central, em 2019 para evitar o desabastecimento de papel-moeda entre a população. A estampa do lobo-guará, aprovada nos anos 2000, estava guardada para ser usada caso surgisse a necessidade de criação de uma nova cédula. 

Esse momento chegou  junto ao pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600 em 2020, medida de alívio à pobreza coordenada pelo Ministério da Cidadania, junto a Caixa Econômica Federal. 

A nota irá sair de circulação? 

Especialista do FGV, explica que um dos principais motivos pelo sumiço das cédulas se dá pela rejeição dos lojistas ao receber notas de alta denominação, porque elas dificultam o troco. E que o crescimento da circulação acontecerá de forma gradativa. 

“A entrada em circulação da cédula de R$ 200, assim como aconteceria com qualquer outra nova denominação, ocorre de forma gradual e de acordo com a demanda da sociedade. O ritmo de utilização da cédula de R$ 200 vem evoluindo em linha com o esperado, e seguirá em emissão ao longo dos próximos exercícios”, diz a instituição em nota. 

Porque as cédulas devem valer menos?

Com a devastação no poder de compra provocado pela inflação, o valor da nota de R$ 200 em julho deste ano, foi reduzido em 19,6%, referente a setembro do ano passado. Ou seja, a cédula que valia R$ 200, chega a valer R$ 161.