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sábado, 23 de novembro de 2024
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Nova empresa

Saiba mais sobre a Equatorial, empresa que adquiriu a Celg-D

Segundo o ranking de desempenho das distribuidoras sobre fornecimento de energia em 2021 da Aneel, duas concessionárias da Equatorial constaram nas últimas colocações

Postado em 23 de setembro de 2022 por Francisco Costa

A Equatorial Energia, que adquiriu da Enel a Celg-D nesta sexta-feira (23), possui negócios no Alagoas, Amapá, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul. Agora, também em Goiás.

Vale citar, a atuação mais antiga da distribuidora autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é no Maranhão. Naquele Estado, a empresa presta serviço desde 2004.

No Pará, a atuação começou em 2012, e no Piauí, 2018. Já em Alagoas, a concessão foi adquirida em 2019, enquanto no Amapá, em 2021; assim como no Rio Grande do Sul.

Em sua descrição, a empresa diz ser “uma holding de empresas” e que, assumindo a distribuição no Rio Grande do Sul, “passa a atender quase 13% do total de consumidores brasileiros e responder por 7% do mercado de distribuição do País”, número que será ampliado com aquisição da Celg-D, em Goiás. Esta, contudo, ainda depende da Aneel.

Inclusive, segundo o ranking de desempenho das distribuidoras sobre fornecimento de energia em 2021 divulgado pela Aneel, duas concessionárias da Equatorial (Equatorial MA e CEEE) constaram nas últimas colocações. A Equatorial PA, contudo, ocupava a 7ª posição.

(Foto: Aneel)

Venda da Celg-D para a Equatorial

A Equatorial comprou a Celg-D da Enel por R$ 1,6 bilhão nesta sexta-feira e assumiu a dívida líquida de R$ 5,9 bi reportada no último balanço publicado em 31 de março. A venda ainda precisa ser chancelada pela Aneel, que regula o setor no Brasil.

Um ano depois da compra da Celg-D por R$ 2,2 bi em 2018, a Enel reconheceu uma base de ativos regulatória (RAB) de R$ 3 bi. Com isso, os italianos investiram R$ 5 bilhões na empresa, o que sugere que a RAB atual seja de pelo menos R$ 8 bi.

Apesar de ter viabilizado diversos investimentos, a Enel se viu numa situação política delicada quando começou a faltar energia em Goiânia e outras cidades do Estado. “O melhor caminho é que ela desista de tentar lucrar com a operação de venda e transfira o controle. Queremos a Enel fora de Goiás”, disse o governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) em entrevista recente.

Mesmo diante das críticas sofridas no meio político, o presidente da Enel em Goiás, José Nunes, se manteve na decisão para que as negociações fossem feitas no sigilo, devido a cláusula de confidencialidade.

Na época, em relação ao serviço de má qualidade fornecido aos goianos, Nunes culpou as condições climáticas, pandemia e outros elementos externos. Em nome da companhia, o presidente ainda disse eles estavam “orgulhosos pelo tamanho do desafio que temos superado naqueles indicadores”.

Caiado comemorou no Twitter a venda da distribuidora anunciada nesta manhã, onde disse que a novo grupo vai “superar nosso problema de distribuição de energia elétrica e vamos colocar nossa economia para voar ainda mais alto”, escreveu.

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