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sábado, 23 de novembro de 2024
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Negócios

80% dos brasileiros querem imóvel mais conectado com meio ambiente

Goiânia é a capital brasileira em que
os imóveis tiveram maior valorização

Postado em 24 de setembro de 2022 por Rodrigo Melo

Morar em uma casa com contato com o meio ambiente passou a ser um desejo recorrente entre os brasileiros. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), 87% dos compradores disseram apreciar o imóvel mais arejado e com contato com o meio ambiente. O percentual mostra com esse resultado que pelo menos oito a cada dez consumidores desejam mais áreas verdes.

O estudo ainda registrou que 57% estariam dispostos a pagar mais pelo contato com a natureza. A pesquisa ouviu 850 pessoas que adquiriram imóveis em 2021.

A gastrônoma Fátima Neila Quadros é um exemplo de consumidora que levou em consideração o contato com recintos mais naturais na decisão de compra. Ela vive com o marido há mais 5 meses no novo condomínio.

“Após mudar para cá eu ganhei qualidade de vida, tempo para ler, estudar e mais momentos juntos com meu marido e minha família. Vejo que a natureza favoreceu muita coisa, pois aqui eu tenho tranquilidade, gosto em caminhar, em levantar cedo para tomar café na varanda, molhar a grama, cuidar do jardim”, comenta a moradora.

Exigência em áreas verdes e lazer

Já em uma pesquisa realizada pela Offerwise, mostra que 73% dos entrevistados passaram a ver seus lares de forma diferente e estão mais criteriosos na hora de fechar o negócio. O levantamento aponta que 28,4% das pessoas estão optando por escolher imóveis que estejam próximos a áreas verdes e 25% buscam empreendimentos com área de lazer.

A corretora de imóveis Amanda Riciolly explica que os itens de lazer são os pontos mais procurados pelos clientes. “As pessoas que desejam morar aqui estão em busca de segurança e lazer e claro, se interessam muito pelo bosque privativo”, diz Riciolly

Já o analista de negócios Deivid de Costa, que comprou uma casa em condomínio em Goiânia, confessa que procurou outros empreendimentos, mas o fator decisivo para fechar o negócio na terceira etapa do empreendimento foi justamente a área de lazer. “O lazer, o espaço e a proximidade com o meu trabalho, me trouxeram até aqui”.

Em busca de mais contato com a natureza e de área de lazer para os filhos, a auxiliar de escritório Daiane dos Santos não demorou para decidir sobre o novo imóvel. Mãe de Davi, de 8 anos, e Lucas, de 2 anos, ela afirma que o Alto da Boa Vista é um bom lugar para os filhos. “O lazer e a segurança são grandes atrativos daqui. Depois que a gente vira mãe,  pensa no bem estar das crianças”, conta.

Goiânia lidera valorização imobiliária entre capitais no país

Os imóveis na planta em Goiânia registraram uma valorização significativa no primeiro quadrimestre deste ano diante da inflação, segundo os dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). O preço médio de venda nos primeiros quatro meses de 2022 foi 14% maior que o valor de venda médio de 2021.

“Quem investiu em imóveis nos últimos meses tem muito o que comemorar, pois a valorização foi grande. E a tendência é que melhore ainda mais, pois alguns possuem valorizações superiores à inflação em até 50%” comenta o superintendente da entidade, Felipe Melazzo.

Puxados pela valorização dos imóveis em construção, os imóveis prontos seguiram a mesma tendência. Segundo o levantamento realizado pelo Índice FipeZap+, que monitora o preço dos imóveis residenciais e comerciais prontos em 50 cidades do País, sendo 16 capitais, de janeiro a julho, a alta na capital goiana alcança 12,95%, bem acima da média nacional, que é de 3,5%.

A valorização em Goiânia também registra um marco: nos últimos 12 meses, a capital obteve a maior valorização da série histórica desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2014. Neste período, a variação foi de 20,91% nos preços dos imóveis, enquanto a média nacional bateu apenas 6,29%.

Na contramão, a capital de Goiás ainda possui um dos valores mais baixos do metro quadrado entre as metrópoles. Em abril, a média do preço era de R$ 5,5 mil, o quinto menor índice entre as 16 capitais monitoradas pelo FipeZap.

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