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sábado, 23 de novembro de 2024
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Fim da parceria

Um ponto final: Skank se despede

A ‘Turnê Despedida’ encerra a parceria de 30 anos dos músicos Samuel Rosa, Lelo Zanetti, Henrique Portugal e Haroldo Ferretti

Postado em 1 de outubro de 2022 por Lanna Oliveira

Já disse um crítico que a importância de uma banda se mede pela quantidade e qualidade de músicas ‘indispensáveis’ que acabaram ficando de fora do repertório de seu show. Com quase 30 anos de contribuições para as festas, romances e para a vida dos brasileiros, o Skank já ouviu muito que “faltou esta, faltou aquela”. E nada mais justo para a despedida dos fãs, encaixar toda sua história em algumas horas na ‘Turnê Despedida’. Para celebrar essa história, a banda chega em Goiânia neste sábado (1º) e se apresenta no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

Foram nove álbuns de estúdio, alguns deles presença obrigatória em listas de melhores de todos os tempos do pop-rock nacional e que somam mais de 5 milhões de exemplares vendidos; três ao vivo que registraram para a posteridade o nível de ataque e a catarse de seus shows em diferentes fases da carreira; e uma coleção de sucessos que não encontra paralelo nas últimas três décadas no País. Assim, muitas vezes o Skank defendeu sozinho o pop-rock no mainstream em um mar de sertanejo universitário.

É perceptível de onde vem o sucesso e o motivo dos goianos estarem ansiosos para cantar os clássicos da banda pela última vez com Samuel Rosa (guitarra e voz), Lelo Zanetti (baixo), Henrique Portugal (teclados) e Haroldo Ferretti (bateria). O Skank divulgou que encerraria suas atividades por tempo indeterminado. O anúncio, feito em novembro de 2019, surgiu junto com a ‘Turnê de Despedida’ e sem polêmicas. Apenas com o desejo de continuarem por caminhos individuais e viverem novas experiências.

Enfim, são quase 30 anos de uma história vitoriosa, inspiradora e única no cenário do pop rock nacional. O desafio é resumir tantos momentos em um mesmo roteiro. São nessas horas de retrospectivas que percebe-se que fizeram muita coisa, mesmo para generosas duas horas de show. Eles chegam sem brigas, sem decadência, sem barracos públicos e sem descartar a possibilidade de reuniões futuras. Pontuais? Comemorativas? Definitivas? Só o tempo dirá. Por hora, é melhor aproveitar a ‘Turnê da Despedida’ como se não houvesse amanhã.

De volta aos anos 1980

Para contar a história do Skank, nós precisamos voltar até o já distante ano de 1983. Naqueles tempos, Samuel Rosa e Henrique Portugal faziam parte de uma banda de reggae chamada Pouso Alto, junto com os irmãos Dinho e Alexandre Mourão. Dando um salto para 1991, chegamos ao momento em que o Pouso Alto estava com um show marcado para rolar no Aeroanta, em São Paulo. Na ocasião, por motivo de força maior, a banda precisou substituir dois membros: saíram os irmãos Mourão e entraram o baixista Lelo Zaneti e o baterista Haroldo Ferretti.

Na época, o grupo mudou seu nome para Skank, inspirado na música de Bob Marley, ‘Easy Skanking’. E foi nesse cenário que o quarteto estreou nos palcos, no dia 5 de junho de 1991, diante de 37 pessoas. Apesar do fiasco de público, os músicos curtiram tocar juntos e decidiram continuar com a banda. Desde então, muita coisa aconteceu na carreira da banda. Das dificuldades que giram em torno do lançamento de um álbum independente, aos palcos dos maiores festivais de música do mundo, o Skank experimentou de tudo. 

Ao longo de sua produtiva produção musical, a banda soube inovar, se redescobrir e construiu um DNA sonoro que é ímpar. Como saldo desse trabalho, veio um caminhão de hits e um público cativo fiel e acostumado a esgotar ingressos de shows ao redor do País. Até o último momento, eles mantêm a essência inegável do Skank: os sucessos na boca do público, as canções na vida das pessoas, as grandes apresentações para lavar a alma e a coerência com sua própria história, de olhar para frente e encarar os desafios.

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