O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, foi entrevistado nesta segunda-feira (3/10) pela equipe de política do Grupo O Hoje, quando comentou a derrota sofrida pelo ex-companheiro de gestão, Gustavo Mendanha (Patriota) na disputa pelo Palácio das Esmeraldas. Para Vilmar, o resultado foi positivo apesar da derrota, considerando que Gustavo enfrentou um governo com alta taxa de aprovação.

“O povo quis que Caiado permanecesse como governador. A gente respeita isso e recebemos a notícia com naturalidade. Acho que Gustavo saiu gigante da eleição, saiu muito bem votado e conseguiu enfrentar a máquina. Na eleição passada, quando Caiado ganhou pela primeira vez, existia na sociedade um sentimento de mudança, sentimento que não existiu agora. Então acho que o resultado foi natural e agora é tocar e barco”, declarou o prefeito.

Ao lado de Gustavo Mendanha, ‘Vilmarzinho’, como é conhecido, foi eleito vice-prefeito da cidade em 2020 com votação histórica no país, alcançando 98,8% dos votos válidos. Ele assumiu o comando do executivo no município em 1º de abril, com a renúncia de Gustavo para disputar a eleição ao Governo de Goiás.

Vilmar foi questionado também sobre a representatividade de Aparecida nas eleições aos Legislativos estadual e federal. Para ele, os resultados foram positivos, com aparecidenses sendo eleitos com boa votação. “Já tinha um tempo que Aparecida não elegia um representante na Alego [Assembleia Legislativa de Goiás], e agora Veter Martins foi eleito com 31 mil votos. Professor Alcides volta para a Câmara Federal com 90 mil. Isso para Aparecida foi muito bom”, disse.

O prefeito comentou ainda sobre a não reeleição de Max Menezes, ex-aliado de Gustavo Mendanha que deixou o ‘barco’ mendanhista para se aliar a Ronaldo Caiado (UB). Para Vilmar, Max tomou decisões equivocadas que prejudicaram sua campanha.

“O Max tomou uma decisão errada ao deixar o lado de Gustavo. Existe uma pesquisa nossa que mostrou que 70% do povo aparecidense queria votar em candidatos de Aparecida. Pode perceber que o Isaac foi muito bem votado, o [William] Panda foi muito bem votado, Felipe Cortes, que se intitula da cidade, foi muito bem votado, enfim. Isso atrapalhou muito o Max. Acho que existiu um sentimento muito patriótica da população de Aparecida com a candidatura de Gustavo”.

Os futuros de Aparecida para 2024 também foram avaliados pelo prefeito, com o crescimento da base de seu adversário André Fortaleza. “Acho que eu tenho maioria na Câmara, que está muito bem articulada com o Executivo. Agora, o fato dele ser ou não ser candidato, isso é ele que diz. Da minha parte, só vou tratar de eleição a partir de 2024. Esse ano de 2023 eu vou tratar de gestão, fazer uma boa gestão e se o povo decidir que me quer como candidato, eu serei, caso contrário não”, declarou.

Secretarias

Prefeito de Aparecida há pouco mais de 6 meses, Vilmar afirma não ter planos de curto prazo para uma reforma administrativa. “A gestão vem muito bem graças a Deus, temos uma gestão muito bem montada por Gustavo Mendanha. Como diz o ditado, time que está ganhando não se mexe, estamos bem então vamos deixar o time ganhando”.

A respeito de seu relacionamento com o governador Ronaldo Caiado, Vimar afirmou estar aberto para diálogo, apesar da distância – natural – nos meses que antecederam a eleição.

“Eu ainda não tive nenhum encontro com o governador após assumir a prefeitura, o que é natural, já que eu assumi no processo eleitoral. Dificilmente iríamos tratar de uma agenda positiva para Aparecida no decorrer do processo eleitoral, até porque o maior adversário dele era exatamente o ex-prefeito. Mas eu estou aberto. Acredito que um gestor não pode se furtar do diálogo. Acho que ele teve uma votação expressiva em Aparecida nas duas eleições e que essa votação precisar retornar para a cidade em obras e parcerias com nossa cidade”, finalizou o prefeito.

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