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sábado, 23 de novembro de 2024
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Fim de ano

Mercado prevê mais de 2 milhões de vagas temporárias

O número de vagas cresce para suprir a demanda das festas de fim de ano

Postado em 11 de outubro de 2022 por Alexandre Paes

Durante os meses de novembro e dezembro, a procura por trabalho temporário aumenta muito no Brasil e no mundo. O número de vagas temporárias cresce justamente para suprir a demanda das festas de fim de ano, que em 2022 deve ser maior em relação ao ano passado, e um dos motivos é a copa do mundo deste ano.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de admissões por meio da modalidade chegou a mais de 2 milhões em 2021, uma alta de 35% em relação a 2020. Neste ano as contratações devem ser puxadas por setores como o de alimentos, farmacêutica e vestuário, com demanda em alta. 

Ingrid Pereira do Nascimento Monteiro, 21, ficou desempregada por cerca de 5 meses, e de lá pra cá tem trabalhado como auxiliar de cozinha temporariamente em um gastrobar do setor jaó. “Como precisava arcar com dívidas fixas, a melhor maneira foi procurar algo rápido. Fui indicada para essa oportunidade e tem ajudado demais. A expectativa é ser efetivada assim que o contrato acabar”, conta.

Em Goiás um dos setores que têm grande crescimento nesta época é o comércio lojista na região da Rua 44, em Goiânia. Até dezembro, os empresários esperam contratar 6 mil pessoas para reforçar a demanda. A expectativa é que metade delas sejam efetivadas após o período temporário de 3 ou 4 meses.

O presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Lauro Naves, conta que nesta época do ano, a contratação de temporários ocorre em duas etapas. “A primeira etapa é a demanda por pessoal na confecção, que começou em agosto e já terminou com cinco mil contratados. A partir de agora a maioria das vagas são para vendas”, argumenta.

No Brasil, a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima a abertura de 105 mil vagas até dezembro pelos setores varejista e de serviços.

6 mil em Goiânia

Em Goiânia mais de 6 milhões de pessoas devem passar pela região nos próximos três meses. Segundo Lauro, o número de postos de trabalho disponíveis para os temporários é menor. “Ano passado tivemos 12 mil vagas disponíveis. Normalmente só duas mil pessoas são contratadas, mas em 2021 seis mil terminaram com contratação efetiva, o que mostra a retomada da economia e fortalecimento da 44”, afirma.

Para quem busca uma oportunidade em vendas na região, o salário é, em média, R$ 1.400 em carteira assinada e mais R$ 800 em comissões. “Com certeza, ele vai receber no mínimo R$ 2 mil. Mas há trabalhadores ganhando muito mais, depende da habilidade da pessoa e da capacidade da loja. Também oferecemos formação para ajudar neste processo”, ressalta.

Os negócios devem movimentar R$ 8 bilhões na economia goianiense, um aumento de 14% em relação a 2021, com resultado de R$ 7 bilhões. “A Copa do Mundo vai incrementar as vendas neste ano. É um momento muito promissor e de grande expectativa no giro econômico da região”, completa Lauro Naves.

Requisitos

Como muitas vagas surgirão, a principal dica é ficar de olho nas condições de trabalho. Mas há outros pontos importantes para prestar atenção. Segundo a pesquisa da CNDL/SPC Brasil, 59% das empresas preferem contratar trabalhadores de 18 a 34 anos e que tenham ao menos o nível médio completo.

A maioria das oportunidades que não exigem experiência está nos segmentos de logística, comercial e vendas. Em relação ao nível de escolaridade, 77% das vagas exigem nível médio completo e 6% pedem ensino fundamental completo, informa a Luandre.

Embora uma parte das empresas já tenha iniciado as contratações em agosto e setembro, os meses mais movimentados serão outubro e novembro, devido ao aumento das vendas na Black Friday e Natal. Entre os cargos com maior abertura de vagas estão vendedores, operador de caixa, ajudante, estoquista, balconista e funções ligadas à área de logística.

Direitos dos temporários

O trabalho temporário, previsto na Lei Federal 6.019/74 e Decreto nº 10.060/2019, é prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços ou cliente. E essa contratação é somente para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.

A duração do contrato de trabalho máxima é de até 180 dias, com a possibilidade de ser prorrogado uma única vez por até 90 dias corridos, independentemente de a prestação de serviço ocorrer em dias consecutivos ou não. Ou seja, o prazo deve ser contado de forma corrida, considerando a contagem também dos intervalos contratuais, e não apenas considerando só os dias efetivamente trabalhados.

Direitos trabalhistas de funcionários temporários

  • jornada de trabalho de 40 horas semanais;
  • décimo terceiro proporcional;
  • horas extras;
  • abono salarial;
  • proteção previdenciária;
  • fundo de garantia;
  • recebimento de férias proporcionais ao período trabalhado;
  • descanso semanal remunerado.
  • trabalhador temporário não tem direito a aviso prévio, seguro-desemprego e nem aos 40% da multa do FGTS;

Fonte: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 

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