Lula defende Estado agindo nas comunidades e Bolsonaro aborda religião
Candidatos cumpriram agenda de campanha no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, respectivamente
Os candidatos à Presidência que irão se enfrentar no segundo turno Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), em 30 de outubro, cumpriram agenda de campanha no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, respectivamente, na manhã desta quarta-feira (12).
O petista se reuniu com lideranças comunitárias do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Quando perguntado por jornalistas, o candidato prometeu políticas públicas para as comunidades. “Vocês podem ficar certos que vai ter uma conferência nacional dos povos da favela para a gente decidir as políticas públicas”, disse.
Além disso, Lula criticou as operações policiais que terminam com violência e como as abordagem nas comunidades são feitas de forma violenta: “Nós precisamos acabar com essa história de que o Estado só participa na comunidade quando manda a polícia para cá para bater em alguém”, complementou, em seu discurso.
O petista finalizou seu discurso criticando Bolsonaro em relação a falas do presidente sobre o Nordeste. “Eu tenho pedido para qualquer pessoa que tenha uma gota de sangue nordestino não votar nesse cidadão, porque ele não serve para presidir nem o Rio de Janeiro, nem São Paulo e muito menos o Nordeste brasileiro”, finalizou.
O candidato do PT participou de uma caminhada pelo Complexo do Alemão, e à tarde estará em Salvador, na Bahia, também para uma caminhada.
Do outro lado, Bolsonaro utilizou seu tempo de campanha, para falar sobre Deus e a presença da religião da política, ou a falta dela. Bolsonaro esteve pela manhã em Belo Horizonte para participar da inauguração de uma obra da Igreja Mundial do Poder de Deus. Ao lado de líderes religiosos e do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o presidente falou sobre religião e abordou pautas de costumes.
O presidente disse que respeita “todas as religiões”, assim como “aqueles que não têm religião nenhuma”. Em seguida, acrescentou que “certas posições não são admitidas”. “Para nós, a família é um presente de Deus e nós devemos preservá-la”, disse.