Após eleição, políticos miram mesa diretora da Câmara e Alego
Presidência da Alego e vice-presidência da Câmara já são alvos de disputa entre parlamentares. Nos bastidores, alguns nomes são cotados como favoritos
Passada a eleição do dia 2 de outubro, o cenário político goiano foi redesenhado quase que por completo. No caso da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), por exemplo, praticamente metade das cadeiras foram renovadas.
Ainda que a eleição não envolvesse o Legislativo municipal, a vitória de um nome específico nas urnas foi suficiente para dar início a uma série de movimentações entre os parlamentares goianienses.
Nos bastidores da política goiana o assunto é praticamente único: a sucessão para cargos específicos da mesa diretora de ambas as Casas. No caso da Alego, a presidência é motivo de cobiça. Já na Câmara, o principal cargo em disputa é a vice.
Na corrida pelo Legislativo estadual, figuram, agora, como favoritos três nomes de peso. O primeiro deles é o de Virmondes Cruvinel (UB). O governador Ronaldo Caiado (UB), experiente que é, reconhece a importância de se trabalhar em parceria com o Legislativo. Por ter sido na maior parte de sua trajetória política um legislador, sabe, também, as dificuldades que qualquer gestor enfrenta quando não tem a Casa ao seu lado.
Cruvinel é visto, nos bastidores, com um perfil mais conciliador, pacífico e moderado — características, por sinal, percebidas também em Lissauer Vieira quando foi apontado como presidente no início da atual legislatura. Sendo assim, e por contar com o apoio do atual presidente, o parlamentar está entre os principais cotados.
Os comentários davam conta, até a eleição, de que o deputado Henrique Arantes (MDB) também estaria na disputa. Porém, o parlamentar não foi reeleito. No lugar, figura, agora, o nome de Bruno Peixoto (UB), atual líder do governo na Casa de Leis.
Bruno é tido como um potencial nome justamente pela fidelidade e alinhamento em relação ao governador. Se conduzido ao cargo máximo da mesa, poderia ampliar o potencial de governabilidade caiadista.
Outro ponto forte é que Peixoto foi eleito com a maior quantidade de votos, não apenas na disputa deste ano, mas da história do Parlamento goiano — foram mais de 76 mil. Isso garante, segundo fontes consultadas pelo O HOJE, peso dois para o seu nome. Pelo mesmo alinhamento, Lincoln Tejota (UB) e Renato de Castro (UB) também são cotados.
Na Câmara, no entanto, a briga é pela vice-presidência. A partir da eleição do vereador Clécio Alves (Republicanos) ao cargo de deputado estadual, muitos já articulam de olho no lugar do ex-colega de Parlamento.
Nos bastidores, o comentário é de que estão no páreo os seguintes vereadores: Geverson Abel (Avante), Dr. Gian (MDB) e Sabrina Garcez (Republicanos). Leandro Sena (Republicanos) também figurava como um dos prováveis nomes, mas recuou em apoio à candidatura de Abel.
Enquanto se queixam pela omissão do Paço em relação ao assunto, alguns dos vereadores da base do prefeito Rogério Cruz já firmam apoio a alguns dos nomes. “Depois alguém [do alto escalão da prefeitura] aparece tentando empurrar goela abaixo um outro nome”, reclamou um vereador.
Em off, o comentário é de que a prefeitura tem amargado um distanciamento em relação aos vereadores. O conflito na relação passa, entre outros pontos, pela derrota de Thelma Cruz (Republicanos) – esposa do prefeito – nas urnas. “Muitos não abraçaram seu projeto com a intensidade que o prefeito gostaria”, completou uma outra fonte.