Goianos acompanham Copa do Mundo em telões de bares e eventos
Apesar da forte chuva ao longo do dia, comemorações não foram prejudicadas
Nesta segunda-feira (28), a seleção brasileira de futebol disputou o seu segundo jogo pela copa do mundo, garantindo uma vitória de 1×0 sobre a Suíça. Como já é costume na cidade, vários bares em Goiânia receberam torcedores para a transmissão do jogo com shows antes e depois do evento. No entanto, fortes chuvas e quedas de energia trouxeram problemas e prejuízos para donos de estabelecimentos.
Ainda no início do primeiro tempo, uma forte chuva atingiu praticamente toda a capital, trazendo prejuízos tanto para comerciantes que transmitiam os jogos, como para toda a população com quedas de árvores, rompimento de fios elétricos e falta de energia.
No Setor Universitário, o famoso Bar da Tia, Tio e Primo, localizado na Praça Universitária, contava com mais de 800 clientes no início da transmissão do jogo, segundo Lênio Lomazzi, sócio do bar e conhecido como Primo. Ele conta que mesmo com as tendas e toda a proteção caso houvesse chuva, os fortes ventos e a quantidade de água, foram inesperados, inclusive danificando equipamentos.
“Estávamos preparados para uma eventual chuva, mas não para algo tão forte como o que aconteceu aqui. os clientes seguravam as tendas e tentavam segurar as TV’s, mas escorria muita água e acabou tendo uma queda de energia. Estávamos lotados, mas o povo acabou indo embora, procurando lugares mais fechados ou até indo para suas casas”, Explica, Lênio.
O Topá bar, localizado no Setor Sul, já é uma opção de bar fechado e alternativo que também está transmitindo os jogos da seleção, mas acabou sofrendo com a forte chuva de ontem. A proprietária do bar conta que uma parte do teto cedeu durante a chuva enquanto caia granizo.
“A nossa sorte que o bar é muito grande, estávamos assistindo nos fundos do bar quando parte do teto cedeu, por sorte não pegou ninguém, mas fomos para a frente onde pudemos continuar assistindo” Explica, Thays, proprietária do Topá que se mostrou preocupada com o pessoal que estava assistindo em bares abertos. “Se aqui foi assim, imagina o pessoal que estava nos bares abertos?” Indagou.
O jornal O Hoje Ainda esteve no Meio Bar, no Setor Oeste, que instalou uma tenda para a transmissão e tem uma grande movimentação entre os jovens da cidade. com DJ’s antes e depois do jogo, o movimento começou mesmo a partir do segundo tempo do jogo.
O torcedor Jonatan Oliveira disse que o que importa é a festa. “Ganhando ou perdendo, a gente quer é ver a bagunça, agitar e comemorar, só vim depois da chuva, mas é agora que a festa começa”, disse, Jonatan já no final do jogo, dançando ao som do DJ que se apresentava.
Sobre a falta de energia durante o jogo em alguns bairros da capital, até o fechamento desta matéria, a Enel Goiás ainda não havia retornado a tentativa de contato.
Posso faltar trabalho para assistir a Seleção?
Uma das principais dúvidas do trabalhador brasileiro é se pode ou não faltar ao trabalho para assistir aos jogos da Seleção. Este ano, os jogos, que acontecem até o dia 18 de dezembro, vêm com um gostinho ainda mais especial, após dois anos de pandemia, os brasileiros estão ainda mais entusiasmados para se reunir na torcida pelo Hexa.
Tradicionalmente, durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo, algumas corporações liberam seus colaboradores para assistirem as partidas que acontecem simultaneamente ao expediente de trabalho.
Com isso, trabalhadores brasileiros ficam na dúvida: “Sou obrigado ou não a ir trabalhar?”. Segundo o advogado João Victor Duarte da Celso Cândido de Souza, nos dias em que a seleção brasileira estiver em campo, a legislação não prevê a obrigação da empresa dispensar o empregado.
Ou seja, a jornada de trabalho permanece a mesma, não havendo qualquer alteração nos horários, seja de entrada ou saída, bem como os intervalos.
Mesmo se não tiver o direito de folgar, é possível entrar em um acordo?
Como os dias que o Brasil joga não é feriado no Brasil, faltar ao trabalho configura grave advertência, isto é, causando o desconto da jornada de trabalho e podendo, também, ficar sem remuneração pelo dia não trabalhado. No entanto, a falta injustificada, isoladamente, não dá motivo para uma dispensa por justa causa.
Apesar do empregador não ser obrigado a dispensar o colaborador, é possível fazer um acordo, estipulando, por exemplo, compensação das horas não trabalhadas ou alteração do dia de trabalho para sábado ou feriado.