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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Cremego apura conduta do médico envolvido no caso do idoso que morreu após ser dado como morto por engano

O profissional da saúde que se envolveu com o caso foi afastado e a Polícia Civil continua investigando o fato

Postado em 5 de dezembro de 2022 por Ana Bárbara Quêtto

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) irá apurar a conduta do médico e de outros profissionais supostamente envolvidos no caso do idoso, de 62 anos, que foi dado como morto enquanto ainda estava vivo. Dois dias depois do engano, o homem faleceu.

O profissional da saúde que se envolveu com o caso foi afastado e a Polícia Civil continua investigando o fato. “O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) tomou conhecimento do caso pela imprensa e vai apurar se a conduta de médicos envolvidos no atendimento transgride a ética médica”, escreveu a corporação, em nota.

Leia também: Idoso é dado como morto em Uraçu, vai à funerária e família descobre que ele está vivo

Relembre o caso

O auxiliar de serviços gerais, que estava internado no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), foi dado como morto na última terça-feira (29/12), mas a família descobriu que ele ainda estava vivo, quando o idoso foi encaminhado à funerária.

A unidade de saúde, localizada em Uruaçu, chegou a emitir um atestado de óbito informando que a causa da morte havia sido em consequência de um câncer na língua. José Ribeiro da Silva foi internado em outro hospital.

“É inacreditável o que aconteceu, meu irmão passou cinco horas em um saco plástico, gelado. Foi horrível, é inadmissível uma situação dessas”, contou a irmã de José, Aparecida Ribeiro da Silva, ao G1.

Segundo a HCN, o centro de saúde teve conhecimento do caso na quarta-feira (30) e o médico que constatou erroneamente o óbito foi afastado. Além disso, uma sindicância foi instaurada para apurar a situação.

Leia também: Morre idoso que foi dado como morto por engano e levado à funerária ainda vivo

O que aconteceu?

José teve o corpo colocado dentro de um saco, normalmente utilizado para remoção de pessoas mortas, e levado pela funerária para Rialma, cidade natal da família, cerca de 100 km de distância de Uruaçu. Quando o saco foi aberto para que o homem fosse preparado para velório e enterro, alguns funcionários notaram que José estava vivo, com olhos abertos e com dificuldade para respirar.

Em seguida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e constatou que ele estava vivo. Após o resgate, o idoso foi levado ao Hospital de Rialma. A família registrou, nesta quarta-feira, um boletim de ocorrências.

Causa da morte

“A causa da morte sendo hipotermia aumenta a responsabilidade do médico, por isso a gente vai alterar a tipificação do inquérito, que antes estava como tentativa de homicídio, hoje, está como homicídio consumado, por dolo eventual”, disse o delegado Peterson Amin, ao G1.

O corpo dele foi enterrado em Rialma. Na próxima semana, a polícia vai ouvir o médico, a família e coletar os documentos necessários, de acordo com Amin.

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