Torcedores usam tecnologia de realidade aumentada para protestar no Catar
As autoridades locais têm reprimido manifestações de apoio aos direiros LGBTQIA+
Desde o início da Copa do Mundo 2022 no Catar, as autoridades locais têm reprimido manifestações de apoio aos direiros LGBTQIA+, já que é crime ser gay no país, com punição de até três anos de prisão.
Uma empresa brasileira de publicações futebolísticas decidiu driblar ações da policia local, com a criação de uma ferramenta de realidade aumentada que pode ser usada por torcedores que assistem aos jogos na capital, Doha.
O filtro, gratuito no SnapChat, pode ser utilizado para transformar digitalmente qualquer tipo de tecido, aprovado a entrar nos estádios pela FIFA, em uma bandeira do orgulho LGBTQIA+. Para usar o filto, basta procurar por “Pride Nation” no aplicativo.
Repressão no Catar
Tem sido forte a repressão a qualquer tipo de protesto no Catar, principalmente as relacionadas a comunidade LGBTQIA+. No final de novembro, torcedores americanos e galeses foram impedidos de entrar em estádios por estarem usando camisas com as cores do arco-íris, enquanto outros foram instruídos a esconderem os itens.
A FIFA também impediu manifestações que seriam feitas pelos jogadores, ao barrar que eles entrassem em campo usando braçadeiras com o dizer “One Love”. O símbolo, de solidariedade à comunidade Queer, seria usado por sete seleções europeias, mas foram forçadas a abandonar os protestos ou seriam submetidos a punições.