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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Possíveis maus-tratos

ONGs de defesa animal pedem multa de R$ 1 milhão à CBF após arremesso de gato

O fato ocorreu no dia 7 de dezembro, durante entrevista coletiva do jogador da seleção brasileira

Postado em 12 de dezembro de 2022 por Ícaro Gonçalves

O arremesso de um gato durante entrevista coletiva da equipe técnica da seleção brasileira, no Catar, pode causar um prejuízo milionário à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Uma ação judicial sobre o episódio foi iniciada pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (Fórum Animal), junto com outras ONGs de proteção animal.

O fato ocorreu no dia 7 de dezembro. Durante entrevista coletiva de um jogador da seleção brasileira, um assessor da CBF se deparou com um gato sobre a mesa e resolveu retirar o animal de forma violenta, arremessando-o no chão.

A situação gerou risadas nos presentes, mas também alguns protestos discretos. “Existe um esforço coletivo de entidades de proteção animal do mundo inteiro para desmistificar a forma como os animais são tratados. A luta é constante para que as sociedades passem a respeitar os animais como seres de direito que são, ou deveriam ser”, pontou representantes do Fórum.

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Manejo comum

O Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) emitiu nota em que afirma que o manejo feito era “comum” e que não “havia elementos para caracterizá-lo como maus-tratos”. Para as entidades de defesa dos animais, a atitude e a forma como o gato foi manejado pelo assessor foi completamente equivocada. Os defensores alegam que pegar um animal adulto pela pele do dorso pode gerar estresse, desconforto, causando dores articulares ou piorando condições pré-existentes.

Vânia Plaza Nunes, médica-veterinária e diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, ressalta que “em ambientes médicos-veterinários, como as clínicas veterinárias, se discute há muitos anos o manejo gentil, uma prática que vem sendo consagrada cada vez mais em todos os países. Outra coisa importante dessa história é que mesmo quando falamos de manejo de animais que vivem em vida livre ou que estão soltos, existem técnicas bem específicas para manejo e contenção”.

Para a médica-veterinária, o bom senso deveria prevalecer sobre o incomodo do assessor da CBF. O gato não estava causando nenhum incômodo e não oferecia risco a nenhum dos presentes. Poderia ter retirado o gato de forma tranquila e sensível. Além disso, a atitude pode fazer com que o animal sinta-se desconfortável em ser tocado novamente por humanos.

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