O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) cumpra, nesta quinta (15), 81 mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas envolvidos em manifestações antidemocráticas. Os atos incluem os bloqueios em rodovias a favor do presidente Bolsonaro (PL).

As buscas ocorrem no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina “em face de pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública”, diz a PF. Diversos alvos também terão o bloqueio de redes sociais.

Vale lembrar, em novembro o ministro já tinha determinado o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas e empresas suspeitas de envolvimento com os atos antidemocráticos. No último dia 7, proprietários de caminhões relacionados às manifestações e identificados por autoridades do Mato Grosso tinham sido multados em R$ 100 mil. Além disso, os veículos foram proibidos de circular e tiveram seus documentos bloqueados.

Os bloqueios em rodovias tiveram início logo após a vitória de Lula (PT) em segundo turno, em 30 de outubro. No dia 31, já era 321 pontos de fechamento em 25 Estados e no DF – inclusive Goiás. Após a proibição do STF, as vias começaram a ser liberadas e parte dos manifestantes migrou para os quartéis.

Bolsonaro, por sua vez, se tornou recluso após a derroto e nunca se posicionou fortemente contra as manifestações. Em muitos casos, se pronunciou de forma breve e dúbia.

Já Moraes, na última segunda (12), disse durante a diplomação de Lula que todos serão responsabilizados por seus crimes. Ele fez um longo discurso a favor da democracia.

“Nas eleições de 2022, a presente diplomação tem um duplo significado, pois, além do reconhecimento da regularidade e da legitimidade da vitória da chapa do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-Presidente Geraldo Alckmin; essa diplomação atesta a vitória plena e incontestável da Democracia e do Estado de Direito contra os ataques antidemocráticos, contra a desinformação e contra o discurso de ódio proferidos por diversos grupos organizados que, já identificados, garanto serão integralmente responsabilizados. Para que isso não retorne nas próximas eleições”, declarou.