MP do DF investiga funcionária do Pros suspeita de mentir sobre propina a desembargador
Segundo o MP, mulher é suspeita de participar de um esquema que acusou falsamente um desembargador de receber R$ 5 milhões de propina do partido
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) realizou uma operação contra uma funcionária comissionada do diretório nacional do Pros suspeita de divulgar informações falsas sobre propina a um desembargador do DF. A ação investiga os supostos crimes de extorsão e falsidade ideológica. As informações são do G1.
Segundo o MP, que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da funcionária, a mulher é suspeita de participar de um esquema que acusou falsamente um desembargador de receber R$ 5 milhões de propina do partido. A motivação seriam desacreditar uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal sobre a disputa entre Eurípedes Júnior e Marcus Holanda pela liderança do Pros – naquela Corte, Holanda venceu, mas acabou perdendo o comando, posteriormente, em decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De fato, o Pros passa por uma disputa interna de poder que já envolveu várias decisões judiciais que ora colocam uma ala no comando, ora outra. Na última decisão, o ministro do TSE Ricardo Lewandowski concedeu liminar devolvendo o comando do partido ao seu fundador, Eurípedes Jr. O entendimento foi referendado pelo plenário do Tribunal por 4 votos a 3.
O Jornal O Hoje procurou o Pros para comentar a a ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público, mas ainda não teve retorno. Em relação a funcionária, o veículo não localizou a defesa da mesma.
O Hoje também tentou contato com o presidente estadual da sigla, Dhone Rodrigues – que é ligado ao grupo de Holanda – para falar sobre o tema, mas também não houve sucesso. Marcus Holanda, por sua vez, afirma que é importante saber os objetivos e quem realmente lucrou com isso.
E mais: “Quais veículos da imprensa receberam dinheiro para publicar essas mentiras? Identificar cada um dessa grande quadrilha. Com base nessa armação, o TSE deu uma liminar. Como fica, agora, depois dessa operação? Como ficam os 1500 candidatos prejudicados pela mudança da presidência? A eleição já passou. Por fim, como ficam todas as decisões do TSE com fulcro nessas ilações?”