O ex-candidato do PTB à Presidência da República, Kelmo Luís Souza, ou Padre Kelmon, como se apresenta, foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. A instituição, em nota, publicou a decisão nas redes sociais na última sexta-feira (16/12).

O comunicado foi assinado pelo arcebispo metropolitano no Peru e autoridade máxima da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, Mor Francisco Ángel Ernesto Móran Vidal, e o Mons. Miguel Phellype Thiago Martins, vigário episcopal no Brasil.

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“Decidimos cancelar a Provisão 0025/21 conferida ao Pe. Kelmon Luis da Silva. Também informamos que decidimos desencardinar (sic) do clero o Pe. Kelmon Luis da Silva e também o Pe. Lucas Soares Chagas. Dessa forma, os mesmos ficam proibidos de ministrar os sacramentos e de falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru-Tradição canônica Síro Ortodoxa Malankara Indiana”, disse a nota da igreja.

Após a publicação, nesta segunda-feira (19), o Padre Kelmon publicou um comunicado oficial em suas redes sociais. No texto, ele explica que pediu a “excardinação”, ato de liberação de padres ou diáconos.

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Leia abaixo a íntegra da nota:

“Após deliberação entre o Padre Kelmon, eu (João Damasceno) e Padre Nildo (Pedro), decidimos pedir EXCARDINAÇÃO da Igreja Ortodoxa do Perú no Brasil. É importante salientar que não fomos desligados por decisão dos clérigos da referida igreja, mas nós que o pedimos e assim foi concedida, somos pois muito gratos pelo tempo que passamos na Igreja do Perú e desejamos bençãos celestiais para todos as suas autoridades eclesiásticas.

Decidimos pedir INCARDINAÇÃO na Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior, o que foi aprovado pelo seu Santo Sínodo. O Padre Kelmon está pois apto para celebrar os Santos Sacramentos e foi ELEITO BISPO para as missões no Brasil, dentro em breve ocorrerá sua Sagração”.

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Quem é padre Kelmon?

Após o debate presidencial, sediado na TV Globo, mais comentado na internet, o Padre Kelmon se tornou também um dos assuntos mais discutidos nas redes. Natural de Acajutiba, cidade que fica a cerca de 185 km de Salvador, Kelmon tem 46 anos. 

Embora no debate, assim como em sua candidatura, Kelmon tenha se apresentado como padre e integrante da Igreja Ortodoxa, a representação eclesial no Brasil não reconheceu a ordenação dele.