Diretor-geral da PRF que apoiou Bolsonaro é exonerado; servidor é réu por improbidade
Vasques é réu por improbidade administrativa por supostamente pedir votos a Bolsonaro e comandar bloqueios durante o segundo turno das eleições
Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que apoiou Jair Bolsonaro (PL) durante o período de campanha, foi exonerado do posto nesta terça-feira (20/12). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Vasques é réu por improbidade administrativa desde o final de novembro. Ele é investigado por pedir votos para Bolsonaro e por ter comandado a corporação durante bloqueios nas estradas no domingo do segundo turno. Os bloqueios e paradas de ônibus ocorreram principalmente na região Nordeste do país.
No dia 15 de novembro, o Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma ação contra Silvinei Vasques, que foi aceita pela juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Na ação, o MPF argumentou que Silvinei Vasques fez uso indevido do cargo para pedir votos a Jair Bolsonaro (PL).
Em nota na ocasião, a PRF disse que “acompanhava com naturalidade a determinação de citação” de Vasques.
Além disso, um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) investiga blitze da PRF no dia do segundo turno da eleição: contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.
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