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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Artes cênicas

Selton Mello comemora 50 anos de vida e 40 anos de carreira

‘O Palhaço’, dirigido e estrelado por Selton Mello, foi escolhido para tentar uma vaga na categoria ‘Melhor Filme Estrangeiro’ no Oscar.

Postado em 20 de dezembro de 2022 por Lanna Oliveira

Com uma carreira extensa, pluralidade define a trajetória de Selton Mello, que daqui a poucos dias comemora 50 anos de vida e 40 anos de trabalho. Conhecido por seus diversos prêmios, além de seus papéis em filmes, novelas e peças, o artista também surpreende com o que apresenta como diretor, dublador e produtor. Parte da história das artes cênicas do País, ele se revelou, ainda muito cedo, como um dos melhores que nós temos. Nada mais justo que homenagens sejam feitas em vida.

Nascido no dia 30 de dezembro de 1972, em Passos, Selton Figueiredo Mello teve seu primeiro contato com o mundo artístico quando mudou-se para São Paulo ainda criança com sua família. Ficou lá por um tempo, mas logo foi para o Rio de Janeiro devido a sua carreira de ator que deslanchava. Assim, em 1981 aconteceu o seu primeiro trabalho na televisão, ainda aos oito anos, na série ‘Dona Santa’. Ele interpretava Sidney, um dos personagens centrais, sendo transmitido na Rede Bandeirantes.

Em seguida, interpretou Raimundo em ‘Braço de Ferro’ em 1983, na mesma emissora, e um ano depois se transferiu para a Rede Globo, participando do elenco da novela ‘Corpo a Corpo’. Participou da primeira fase de ‘Sinhá Moça’, mas pouco tempo depois afastou-se da televisão por cerca de seis anos, focando agora na carreira de dublador e no cinema. Com isso, teve sua dublagem em diversas obras, como: ‘Clube dos Cinco’; ‘Indiana Jones e a Última Cruzada’; ‘Loucademia de Polícia’; ‘Os Goonies’; ‘Karate Kid Parte II – Parte III’; entre outros.

No cinema não seria diferente, Selton Mello se destacou e conquistou de vez o Brasil. Sua estreia nas telonas foi em 1990, no filme ‘Uma Escola Atrapalhada’ e em 1992 voltou a fazer novelas, interpretando Bruno, em ‘Pedra Sobre Pedra’. Participou do elenco de ‘Olho no Olho’ em 1993 e em 1994 interpretou Vitor Velasquez em ‘Tropicaliente”’ Depois disso, fez parte de outras obras, como ‘A Próxima Vítima’, ‘Força do Desejo’, ‘A Invenção do Brasil’, ‘Os Maias’, ‘Lavoura Arcaica’, ‘Os Normais’, e mais. 

Apesar do sucesso, Selton não imaginava o que estava por vir. Depois da minissérie, ele fez o personagem Chicó no longa-metragem ‘O Auto da Compadecida’, fazendo um dos papéis que mais gerou reconhecimento.  Essa experiência abriu as portas para papéis cômicos como em ‘Lisbela e o Prisioneiro’ e ‘O Coronel e o Lobisomem’. Buscando produções mais ousadas, ele se arrisca em dois filmes dirigidos por Heitor Dhalia: ‘Nina’, em 2004, e ‘O Cheiro do Ralo’, em 2007, além de ‘Árido Movie’, de Lírio Ferreira, e ‘A Erva do Rato’, de Júlio Bressane.

Enquanto conquista novos sucessos populares com ‘Meu Nome Não é Johnny’ e ‘A Mulher Invisível’, ele faz seu primeiro longa-metragem como diretor, o premiado ‘Feliz Natal’, e repete a experiência com ‘O Palhaço’. Também já apresentou o ‘Tarja Preta’ exibido no Canal Brasil, onde entrevistava diversos profissionais do cinema. E depois de tanto trabalho, ele ainda teve tempo de ganhar tantos prêmios que sequer sabe em qual lugar guardar. O sucesso mais recente foi o personagem Caio, na série ‘Sessão de Terapia’, disponível no Globoplay. 

Homenagem à uma vida de sucessos

Para comemorar a data especial, o Canal Brasil exibe a ‘Mostra Selton Mello’, com oito filmes estrelados ou dirigidos por ele. A partir desta quarta-feira (21), na madrugada de terça para quarta, até sábado (24), sempre à 0h30. Entram na programação ‘O Que É Isso, Companheiro?’, ‘Caramuru: A Invenção do Brasil’, ‘O Cheiro do Ralo’, ‘O Auto da Compadecida’, ‘A Erva do Rato’, ‘Os Desafinados’, ‘Jean Charles’ e ‘O Palhaço’.

“O cinema é o espelho de uma nação, reflete nossa língua, nosso jeito, nossos costumes, nossos tempos. Sou imensamente grato ao cinema brasileiro, sinto que faço parte de uma geração que deu uma cara aos nossos filmes. Uma parte de minha filmografia de mais de quase 40 filmes estará presente nesta Mostra Especial. Espero que o público veja, reveja, se emocione, se divirta e se lembre não apenas do que eu represento na história das artes do Brasil, mas que eu estou ali simbolicamente representando toda uma geração de grandes artistas e técnicos que transformaram nossas vidas através da sétima arte”, conta Selton Mello.

A comemoração se estende aos 40 anos de carreira de Selton na atuação, que começou no seriado ‘Dona Santa’, no qual ele interpretava um dos personagens principais da trama, Sidney. Dentre os filmes mais importantes da carreira de Selton, estão ‘O Palhaço’, dirigido e estrelado por ele, que foi escolhido entre os quinze filmes brasileiros do ano para tentar uma vaga na categoria ‘Melhor Filme Estrangeiro’ no Oscar e ‘O Auto da Compadecida’, visto por mais de dois milhões de brasileiros e marcado como o filme de maior bilheteria do cinema no ano 2000.

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