Um comitê da Câmara dos Estados Unidos recomendou aos promotores federais, nesta segunda-feira (19/12), que o ex-presidente do país, Donald Trump seja acusado de quatro crimes relacionados com a invasão ao Capitólio. A suspeita é que ele tenha incitado o ataque no dia 6 de janeiro de 2021.

As conclusões do Congresso foram enviadas para o Departamento de Justiça, ao qual cabe investigar os crimes, por isso, se passar por apenas uma avaliação política, que não é vinculativa.

A invasão ao Capitório aconteceu enquanto ocorria a oficialização do resultado das eleições de 2020, que deu vitória a Joe Biden. Naquele dia, milhares de apoiadores de Trump se reuniram e invadiram o prédio do Congresso, localizado em Washington, capital dos EUA.

A intenção dos manifestantes era impedir a transferência pacífica de poder para Biden. Eles repetiram inverdades que o próprio Trump havia dito: que a derrota nas eleições de 2020 para Biden foi resultado de fraudes generalizadas.

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Sem efeito

Apesar da acusação parlamentar, Trump parece não ter sido afetado. O ex-presidente norte-americano disse que a acusação o fortalece e acusou o painel de querer impedi-lo de se recandidatar à Presidência.

“Essa gente não percebe que, quando vêm atrás de mim, as pessoas que amam a liberdade defendem-me”, escreveu na madrugada de hoje o ex-presidente em comunicado, divulgado em sua rede social Truth Social. “Isso me fortalece. O que não me mata torna-me mais forte”.

Na rede social, Trump afirma que tentou enviar 20 mil militares para evitar a violência em 6 de janeiro e que foi à televisão dizer a todos para irem embora.

Citou uma “agência de investigação dos democratas” que quer impedi-lo de voltar a se candidatar. “Porque sabem que vou ganhar”, argumentou. Para ele, as acusações são “uma tentativa partidária” de colocar ele e o partido republicano de lado.