Bruno Peixoto se garante na presidência da Alego de olho em 2024
Deputado já alcançou mais de 30 dos 41 nomes que votam para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
O deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil) já alcançou mais de 30 dos 41 nomes que votam para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Segundo interlocutores, a presidência da Alego é só um passo para um sonho maior: a prefeitura de Goiânia.
O parlamentar foi líder do governo na Assembleia e garantiu a aprovação de todas as matérias do Executivo na Casa, inclusive, as mais polêmicas – dentre elas, mais recentemente, a taxação do agronegócio, que gerou desgastes com o setor.
Bruno é habilidoso. O governador não entrou nas conversas de presidência da Alego. Sempre tinha uma razão: o segundo turno das eleições presidenciais, as pautas urgentes para votar naquele parlamento. Nesse ínterim, Peixoto articulou, mesmo sem o envolvimento de Caiado.
Até porque, não era interessante demonstrar preferência, uma vez que o União Brasil tinha outros nomes: os recém-eleitos Renato de Castro e Lincoln Tejota, além dos já membros da Casa Virmondes Cruvinel e, claro, Bruno Peixoto. Fora do partido, mas da base, Cairo Salim também estava à disposição.
O líder do governo superou todos. No fim, Virmondes e Cairo oficializaram o apoio. Salim revelou ter conversado e decidiu por compor a chapa. Ocupará o novíssimo cargo de vice-presidente corregedor, que serve para avaliar os pedidos por investigação de quebra de decoro.
Virmondes, por sua vez, disse que o colega está preparado e que ele se sentiu representado após longa conversa. Ele permanecerá como líder do União Brasil, maior bancada da Alego com seis eleitos (junto com o MDB).
Mas sobre a prefeitura, Bruno, que ainda conversa com os demais deputados e busca um consenso total na Casa, ficará fortalecido com uma eleição inconteste. E a entrada dele na disputa em 2024, além de um projeto pessoal, ainda representaria um reforço ao União Brasil e uma pedra para o MDB.
Isso porque o partido do vice Daniel Vilela quer a filha de Iris Rezende, Ana Paula, como sucessora do pai e candidata. Ela, inclusive, fez um discurso que dava a entender sua inclinação para a disputa no dia que pai faria 89 anos, durante o lançamento do documentário sobre a trajetória política dele,
“Minha missão, daqui para frente, será eternizar o legado que ele [o pai] deixou”, disse e continuou: “Eu quero que a história do meu pai continue sendo escrita. Mas agora no coração daqueles que sonham de fazer de sua vida uma luta abençoada pelo pleno exercício da boa política.”
Bruno é discreto. Come pelas beiradas. Líder do governo, foi o deputado estadual mais bem votado neste ano (73,6 mil eleitores). Caiado tem um compromisso pessoal com Ana Paula, mas Peixoto é membro de seu partido. 2024 parece longe, mas a pré-campanha já começa em janeiro. Até lá, as articulações seguirão forte.