Em mandado falso no sistema do CNJ, Alexandre de Moraes determina a própria prisão: “Condeno a mim mesmo”
Após o caso ser divulgado, o “mandado de prisão” contra Moraes foi retirado do sistema
Um provável ataque hacker contra o sistema oficial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) incluiu na noite de quarta-feira (4/1) um falso mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. No documento forjado, é possível ver que a determinação foi assinada por alguém se passando pelo próprio ministro.
A “síntese da decisão” é composta por diversas ironias e críticas veladas à atuação de Moraes no STF, evidenciando a provável invasão e falsificação do documento no site. Em alguns trecho é possível ler: “Sem me explicar, porque sou como um deus do olimpo, DEFINO LIMINARMENTE A PETIÇÃO INICIAL, TANTO EM RAZÃO DA MINHA VONTADE (O Estado sou EU), COMO PELA VONTADE EXTRAORDINÁRIA DE VER LULA CONTINUAR NA PRESIDÊNCIA ” (SIC).
Confira:
“DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, diz trecho do mandado de prisão.
É provável que o documento seja fruto de ataque hacker ou, então, de algum funcionário com acesso ao sistema de registro de mandados de prisão. Cabe aos tribunais de Justiça alimentar a página do CNJ.
Após o caso ser divulgado no portal Metrópoles, o “mandado de prisão” contra Moraes foi retirado do sistema.
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