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sábado, 21 de dezembro de 2024
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Estratégia

Prefeitura tenta fisgar grupo ‘vanguardista’ para ampliar base na Câmara

Grupo tenta encontrar um rumo a partir do retorno das atividades legislativas, previsto para o início de fevereiro, ao passo em que prefeito tenta minimizar cisões e alargar apoio

Postado em 5 de janeiro de 2023 por Felipe Cardoso
Prefeitura tenta fisgar grupo ‘vanguardista’ para ampliar base na Câmara
Grupo tenta encontrar um rumo a partir do retorno das atividades legislativas

Um dos objetivos da prefeitura de Goiânia é atrair para sua base na Câmara Municipal um grupo de vereadores conhecido, nos corredores, como ‘vanguardistas’. Esse grupo é formado por cinco vereadores, três deles recentemente empossados e outros dois na famosa posição de ‘independência’. São eles: Anderson Sales Bokão (sem partido), Gabriela Rodart (PTB), Igor Franco (Pros), Paulo Magalhães (União Brasil) e Welton Lemos (Podemos)

O objetivo desse grupo é encontrar um rumo a partir do retorno das atividades legislativas, previsto para o início de fevereiro. A decisão, conforme afirmado por um de seus integrantes, será tomada em conjunto, na certeza, segundo ele, de que no meio termo não ficarão. 

O líder do governo, Anselmo Pereira (MDB), é quem tem sido o responsável pela articulação. Conforme apurado pela reportagem, a mando do prefeito, Pereira já teria iniciado as investidas. Mas o grupo, aparentemente, tem se mostrado resistente. Informações de bastidores atestam que três dos integrantes apresentam, entre as principais queixas, o fato do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) sequer ter telefonado para cumprimentá-los quando tomaram posse como vereadores. 

“Estamos definindo nossa posição, se seremos situação ou oposição. No meio termo não ficaremos. Será uma decisão tomada em conjunto. O que a maioria do bloco definir, os demais acompanharão. Cada vereador tem a sua opinião, mas o que a maioria definir será o caminho de todos”, disse um dos consultados.

Questionado sobre a queixa — o fato do prefeito não ter telefonado –, não só confirmou como acrescentou: “Nunca tivemos qualquer comunicação vinda do Paço”.  E continuou: “O que queremos é que as exigências da cidade sejam cumpridas. Queremos fazer um trabalho à altura e, enquanto parlamentares, temos o direito de sermos assistidos”.

Recentemente, porém, a vereadora Gabriela Rodart foi vista em evento da prefeitura de Goiânia. Ela se acomodou ao lado de vereadores da base do prefeito em solenidade no Paço. Nos bastidores, a leitura é de que teria “cedido” ou estaria próxima disso.  

Quanto a Anderson Sales Bokão, outro veterano na mira do prefeito, o parlamentar já figurou como vereador da base, depois rompeu com o Paço e passou a dar sinais de ‘independência’ quando não se intitulava vereador “de oposição”. 

Bokão, vale lembrar, foi um dos mais aguerridos vereadores na luta pelo pagamento das emendas impositivas. Fez duras críticas ao prefeito e também à secretária Valéria Pettersen, da Secretaria de Relações Institucionais, à época. 

Em uma das discussões, em agosto do ano passado, chegou a dizer na tribuna do Legislativo: “Não dá para ficar brincando com a cara da gente. Não estou aqui para brincar de trabalhar. Temos emendas da época do Iris [Rezende, ex-prefeito de Goiânia] que não foram executadas”. O imbróglio foi um dos fatores que levou o vereador a romper com o prefeito. Se deve, agora, fazer o caminho de volta à base, o tempo dirá. 

Paulo Magalhães, por sua vez, é de longe um dos nomes mais críticos ao prefeito. Sete dias depois de assumir na Câmara, o vereador chegou a dizer que estaria disposto a “pedir a cabeça” do prefeito [se referia a um processo de impeachment], caso o gestor não desse a devida atenção ao pagamento das emendas. Desde então, raríssimas vezes foi visto usando a tribuna senão para criticar duramente as ações da prefeitura. Nos corredores, inclusive, é visto como o parlamentar, dentre os cinco, com maior resistência em compor com o prefeito. 

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