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sábado, 23 de novembro de 2024
URGENTE

Moraes acata pedido da PGR e Bolsonaro será investigado por instigar atos terroristas

Esta será a primeira vez que Bolsonaro será incluido oficialmente em uma investigação relacionada aos atos de terrorismo nas praça dos Três Poderes, na capital federal

Postado em 14 de janeiro de 2023 por admin
Moraes acata pedido da PGR e Bolsonaro será investigado por instigar atos terroristas
Esta será a primeira vez que Bolsonaro será incluido oficialmente em uma investigação relacionada aos atos de terrorismo nas praça dos Três Poderes

O ministro do Supremo Tribunal Federa (STF), Alexandre de Moraes, acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação sobre atos terroristas que ocorreram em Brasília no último domingo (8/1).

“O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus Ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi é fraudado”, escreveu o ministro na decisão.

A abertura do inquérito foi pedida pela PGR ao STF na última quinta-feira (12) e autorizada nesta sexta-feira pela presidente da Corte, ministra Rosa Weber. O pedido, no entanto, não citava Bolsonaro, mas dizia que o órgão queria investigar todos que fizeram ataques às urnas, insinuação de fraudes eleitorais, deslegitimação de quem venceu a eleição, ataques ao STF, “mesmo estando no exterior”.

Linha do tempo dos atos terroristas

No domingo, extremistas insatisfeitos com o resultado das eleições atacaram as sedes dos Três Poderes da República em Brasília e deprederam os locais.

Em resposta aos atos de terrorismo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública do DF. Ele comunicou a decisão em coletiva de imprensa e a ordem vale até 31 de janeiro.

Ainda durante os atos, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu exonerar o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL). Um dia depois, Torres classificou os atos como “insanidade coletiva” e negou qualquer envolvimento ou conivência.

Na madrugada de segunda, o ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afastou Ibaneis do cargo de gestor do DF por 90 dias, além de determinar o desmonte dos acampamentos e tomar medidas para evitar novos vandalismos. O governador afastado disse respeitar a decisão.

Consequências

Na terça-feira (10), o Ministério Público de Contas (MP) pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU), o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Já na quinta-feira (13), a Advocacia-Geral da União (AGU) identificou 52 pessoas e sete empresas que teriam financiado o transporte de envolvidos nos atos terroristas que ocorreram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no último domingo (8/1). A AGU também pediu que a Justiça Federal do Distrito Federal bloqueie R$ 6,5 milhões em bens. O órgão classifica os atos como um “episódio traumático na história do país”.

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