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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Animais peçonhentos

Período chuvoso acende alerta para cuidado com escorpiões em Goiás

No Estado foram registrados 921 acidentes por picada de escorpiões somente no ano passado

Postado em 16 de janeiro de 2023 por Rodrigo Melo
Período chuvoso acende alerta para cuidado com escorpiões em Goiás
No Estado foram registrados 921 acidentes por picada de escorpiões somente no ano passado | Foto: Agência Brasília

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) alerta a população sobre a importância de redobrar os cuidados para evitar escorpiões e outros animais peçonhentos no período chuvoso. Neste tempo quente e úmido de verão, os escorpiões saem à procura de abrigo em lugares secos. De forma geral, esses animais não atacam, mas usam o veneno como mecanismo de defesa quando se sentem ameaçados.

No ano passado, em Goiás, foram registrados 921 acidentes por picada de escorpiões. Com 82 notificações, Goiânia foi o município que mais teve ocorrências desse tipo, seguido por Rio Verde e Formosa, ambos com 73 ocorrências. De acordo com o Painel Scorpion, da SES-GO, a maioria das pessoas apresentou sintomas leves após a picada. A faixa etária com mais ocorrências é de 20 a 29 anos. Em todo o Brasil, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião.

Para auxiliar profissionais da área da saúde, bem como a população em geral, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox) presta atendimento, em caráter de emergência, quando há qualquer situação de envenenamento ou intoxicação e também acidentes com animais peçonhentos. Por meio dos telefones 0800 646 4350, 0800 722 6001 ou (62) 3241-2723, qualquer pessoa pode acionar os médicos do Ciatox em caso de necessidade.

Leia também: Goiás registrou 12,4 mil acidentes envolvendo animais peçonhentos

Orientações

Cuidados básicos devem ser tomados para evitar possíveis agravos com escorpiões ou qualquer outro animal peçonhento. “Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; ter cuidado ao calçar sapatos fechados, balançar roupas, sapatos, toalhas e outros, antes do uso; afastar camas das paredes; não deixar acumular entulho no quintal e manter a grama sempre aparada são ações que evitam esse tipo de acidente”, pontua a enfermeira.

Em situação de interação com um animal peçonhento, basta acionar os profissionais do Ciatox para saber como proceder. “Em um primeiro momento, retire tudo que possa apertar a região da picada, como anéis, pulseiras ou cintos; lave o local com água limpa e sabão e procure uma unidade de saúde mais próxima. Deixe a região afetada elevada em relação ao resto do corpo; evite correr e não dirija sozinho. Também é importante fotografar o animal, para auxiliar o médico no diagnóstico e tratamento do agravo”, orienta Juliana.

A picada de escorpião causa dor imediata e ainda pode ocasionar formigamento, vermelhidão e suor no local da ferida. Crianças, que são mais vulneráveis, podem sentir tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, excesso de saliva e hipertensão por alguns minutos ou horas. Vale destacar que todos os escorpiões são venenosos e que a gravidade aumenta devido à espécie e à quantidade de veneno injetada.

Existem quatro principais espécies. O escorpião-amarelo, encontrado em todas as regiões, é o que mais preocupa por ser o mais venenoso. O escorpião-marrom é encontrado na Bahia e em alguns locais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O escorpião-amarelo-do-nordeste é mais comum no Nordeste, mas há registros em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Já o escorpião-preto-da-amazônia, principal causador de acidentes e mortes, é comum em Estados da Região Norte e no estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste.

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