Período chuvoso acende alerta para cuidado com escorpiões em Goiás
No Estado foram registrados 921 acidentes por picada de escorpiões somente no ano passado
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) alerta a população sobre a importância de redobrar os cuidados para evitar escorpiões e outros animais peçonhentos no período chuvoso. Neste tempo quente e úmido de verão, os escorpiões saem à procura de abrigo em lugares secos. De forma geral, esses animais não atacam, mas usam o veneno como mecanismo de defesa quando se sentem ameaçados.
No ano passado, em Goiás, foram registrados 921 acidentes por picada de escorpiões. Com 82 notificações, Goiânia foi o município que mais teve ocorrências desse tipo, seguido por Rio Verde e Formosa, ambos com 73 ocorrências. De acordo com o Painel Scorpion, da SES-GO, a maioria das pessoas apresentou sintomas leves após a picada. A faixa etária com mais ocorrências é de 20 a 29 anos. Em todo o Brasil, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião.
Para auxiliar profissionais da área da saúde, bem como a população em geral, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox) presta atendimento, em caráter de emergência, quando há qualquer situação de envenenamento ou intoxicação e também acidentes com animais peçonhentos. Por meio dos telefones 0800 646 4350, 0800 722 6001 ou (62) 3241-2723, qualquer pessoa pode acionar os médicos do Ciatox em caso de necessidade.
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Orientações
Cuidados básicos devem ser tomados para evitar possíveis agravos com escorpiões ou qualquer outro animal peçonhento. “Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; ter cuidado ao calçar sapatos fechados, balançar roupas, sapatos, toalhas e outros, antes do uso; afastar camas das paredes; não deixar acumular entulho no quintal e manter a grama sempre aparada são ações que evitam esse tipo de acidente”, pontua a enfermeira.
Em situação de interação com um animal peçonhento, basta acionar os profissionais do Ciatox para saber como proceder. “Em um primeiro momento, retire tudo que possa apertar a região da picada, como anéis, pulseiras ou cintos; lave o local com água limpa e sabão e procure uma unidade de saúde mais próxima. Deixe a região afetada elevada em relação ao resto do corpo; evite correr e não dirija sozinho. Também é importante fotografar o animal, para auxiliar o médico no diagnóstico e tratamento do agravo”, orienta Juliana.
A picada de escorpião causa dor imediata e ainda pode ocasionar formigamento, vermelhidão e suor no local da ferida. Crianças, que são mais vulneráveis, podem sentir tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, excesso de saliva e hipertensão por alguns minutos ou horas. Vale destacar que todos os escorpiões são venenosos e que a gravidade aumenta devido à espécie e à quantidade de veneno injetada.
Existem quatro principais espécies. O escorpião-amarelo, encontrado em todas as regiões, é o que mais preocupa por ser o mais venenoso. O escorpião-marrom é encontrado na Bahia e em alguns locais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O escorpião-amarelo-do-nordeste é mais comum no Nordeste, mas há registros em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Já o escorpião-preto-da-amazônia, principal causador de acidentes e mortes, é comum em Estados da Região Norte e no estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste.
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