Goiás registrou 12,4 mil acidentes envolvendo animais peçonhentos

Governo garante o estado conta com 91 municípios, além da capital, que possuem locais para realizar a soroterapia antiveneno.

Postado em: 11-12-2021 às 09h36
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiás registrou 12,4 mil acidentes envolvendo animais peçonhentos
Governo garante o estado conta com 91 municípios, além da capital, que possuem locais para realizar a soroterapia antiveneno. | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Desde o início da pandemia da Covid-19, Goiás registrou 12,4 mil acidentes envolvendo animais peçonhentos. Somente no último mês,  foram 669 casos, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado (SES-GO). Atualmente, o Estado conta com 91 municípios, além da Capital, que possuem locais para realizar a soroterapia antiveneno.  

A Secretaria explica que o período chuvoso e quente desta época é perfeito para a estatística nada agradável, do aumento do número de casos de ataques de animais peçonhentos que acontece nesta época de calor em decorrência de ser um período propício à proliferação dos mesmos. Além disso, as chuvas colaboram para que os animais fiquem desalojados, favorecendo maior contato com as pessoas e, consequentemente, maior número de acidentes.

Continua após a publicidade

Estima-se que, anualmente, ocorram 1,8 milhão de casos no país, resultando em cerca de 94 mil óbitos. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), esses acidentes são a segunda causa de envenenamento humano, principalmente em áreas rurais.

Em Goiás, o Hospital Regional São Luís de Montes Belos – Dr. Geraldo Landó (HRSLMB) é referência em atendimento de acidentes com animais peçonhentos. “O nosso município encontra-se em meio a uma grande área rural, habitat natural de várias espécies de animais. Diariamente recebemos casos de pessoas lesionadas por picadas, principalmente de cobras e escorpiões. Nosso estoque de soro é abastecido regularmente para assistir da melhor maneira possível esses pacientes”, afirma Éder Souza, diretor do HRSLMB.

Isabella Santiago, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital reforça a importância da busca por atendimento médico, logo após o ocorrido, para minimizar os danos ocasionados pelo envenenamento. “A pessoa, quando possível, deve lavar o local com água e sabão e procurar o hospital imediatamente. Por meio de avaliação clínica e/ou observação da espécie envolvida no acidente – seja por captura segura do animal, seja por fotografia – o tipo de tratamento é definido”, explica Isabella. 

Segundo a SES, as cobras mais encontradas no Estado são jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cascavel e coral-verdadeira. O envenenamento ocorre quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas na vítima. (Especial para O Hoje). 

Veja como se proteger da picada de cada animal:

Cobras:

· Não andar descalço;

· Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem;

· Nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. 

Escorpião:

• Não deixar acumular lixo e entulho nos quintais, jardins,terrenos baldios e ao redor das residências;

• Colocar o lixo em sacos plásticos fechados para evitar baratas e outros insetos;

• Proteger os predadores naturais dos escorpiões,como calangos,lagartixas, lacraias,corujas, sapos,macacos e galinhas. 

Aranhas:

· Olhar bem dentro das roupas e calçados antes de usá-los e/ou calçá-los;

· Colocar telas nas janelas, fechar as frestas e colocar sacos de areia na soleira das portas para evitar a entrada de animais peçonhentos;

· Manter limpos os arredores da casa, jardins, paióis, celeiros. Não deixar acumular lixo que atraiam baratas, pois elas são alimento para aranhas e escorpiões. 

Veja Também