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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Justificativa

Entenda o que levou à amputação da mão de mulher que estava em trabalho de parto no RJ, segundo hospital

Paciente de 24 anos, teve a mão amputada depois de uma complicação após o parto, porém não sabe ao certo o que aconteceu

Postado em 23 de janeiro de 2023 por Mariana Fernandes
Entenda o que levou à amputação da mão de mulher que estava em trabalho de parto no RJ
Paciente de 24 anos

O Hospital da Mulher Intermédica Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, divulgou nota em que explica detalhes do caso da mulher, de 24 anos, que foi atendida na unidade em trabalho de parto e deixou o local com a mão amputada.

A mulher identificada como Gleice Kelly relatou que o parto foi rápido, mas que logo quando a médica a estava costurando, percebeu uma quantidade excessiva de sangue. Segundo a mulher, as médicas avaliaram que ela estaria tendo uma hemorragia. “Elas precisavam correr para fazer alguma coisa, eu tive que ir para a sala de parto sem acesso venoso nenhum. Quando eu desmaiei esse acesso foi colocado”, disse.

Para justificar o que teria acontecido, o hospital afirmou que procurou a paciente e sua advogada, mas foram informados que elas estariam disponíveis apenas na próxima semana. Em nota, o hospital descreveu que a mulher tinha histórico de múltiplas gestações, inclusive com complicações, o que aumentava as chances de hemorragia pós-parto.

O hospital relatou também que o parto ocorreu sem interferência, tendo o bebê nascido vivo e em bom estado de saúde, porém para garantir a sobrevivência da mãe, foi necessário medidas imediatas.

“A paciente apresentou quadro importante de hemorragia pós-parto, evoluindo para um choque hemorrágico grave secundário a atonia uterina e inversão uterina. Tal quadro é responsável por 60% de mortes maternas no período pós-parto: 45% destes óbitos ocorrem nas primeiras 24 horas. A hemorragia pós-parto é responsável por 25% de todas as mortes maternas no mundo, segundo a literatura medica”, prossegue a nota.

Sobre o braço esquerdo, o hospital explica que foi “imediatamente tratado desde os primeiros sinais de isquemia secundário ao choque hemorrágico, conforme consta no relatório médico. Todas as medidas e decisões tomadas priorizaram salvar a vida da paciente até que ela apresentasse melhores condições para transferência para um hospital de maior complexidade”, completou em nota.

Ao final, o Hospital da Mulher de Jacarepaguá prosseguiu afirmando que fez o possível para preservar o braço esquerdo da paciente. “Porém, devido à irreversível piora do quadro com trombose venosa de veias musculares e subcutâneas, houve a necessidade de se optar pela amputação do membro em prol da vida da paciente”.

O hospital conclui afirmando que afastou a liderança da unidade “objetivando a transparência nas apurações e reitera seu compromisso em continuar prestando assistência e dando o suporte necessário à paciente. As demais denúncias agora apresentadas também serão apuradas com critério e rigor”.

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