Deputadas eleitas buscam espaço em comissões na Câmara
As goianas tendem a ampliar o protagonismo político neste ano. Parte disso, porque aumentaram consideravelmente a participação nos Legislativos
As goianas tendem a ampliar o protagonismo político neste ano. Parte disso, porque aumentaram consideravelmente a participação nos Legislativos, seja o estadual ou federal, mas também pela mudança de governo, que tende a ser mais progressista neste sentido. A deputada estadual com mandato e deputada federal eleita, Lêda Borges (PSDB), que assume em 1º de fevereiro, quer aproveitar esse bom momento ocupando comissões de destaque na Câmara.
“Nesse início de mandato pretendo conhecer a Casa. Contudo, já pleiteei algumas comissões, sendo umas mais técnicas, como a Comissão de Minas e Energia. Creio que o mundo e, claro, o Brasil, caminha para novas fontes energéticas e quer dominar um pouco esse tema”, revela. A tucana também está de olho nas Comissões da Mulher e do Desenvolvimento Social. “São áreas que eu domino.”
Para ela, será natural o protagonismo delas na Casa. O crescimento foi de 18% na bancada feminina da Câmara Federal. Entre os 513 parlamentares eleitos em 2022, 91 são mulheres, sendo duas trans e três indígenas. Em 2018, 77 mulheres conquistaram uma vaga. “Tivemos um aumento expressivo. Passamos para 91 deputadas federais. Goiás triplicou. Na Assembleia, praticamente dobrou.”
De acordo com ela, o protagonismo que poderá ser visto neste ano é por causa das próprias mulheres, por suas pautas e atuações. Ainda assim, acredita que o atual governo favoreça o cenário, uma vez que amplia “a pauta social, a defesa do ser, o respeito ao ser humano, mulheres e negros. A amplitude do debate será maior”.
Questionada sobre a atuação, Lêda diz que focará muito em questões regionais e municipalistas. A parlamentar também pretende buscar parceria com o governo estadual para avançar em questões da região dela, o Entorno do DF, principalmente na mobilidade urbana. “Estudo sobre linha férrea, águas fluviais, interação com Brasília, hospitais regionais…”, enumera a deputada, que fez oposição ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Aumento de representatividade
A tucana é apenas uma das eleitas em Goiás. A bancada da Alego tem duas mulheres nesta legislatura, que termina em 31 de janeiro: a delegada Adriana Accorsi (PT) e a própria Lêda Borges – ambas subirão para a Câmara Federal em 1º de fevereiro. Mas no próximo mês, este número de deputadas estaduais terá um acréscimo.
A Assembleia será composta por três parlamentares: Vivian Naves (PP), Bia de Lima (PT) e Zeli (PRTB). Em relação a Câmara, que triplicou seu número, a porcentagem de 7% dos 41 membros do parlamento goiano ainda é pequena, mas já houve um aumento. Inclusive, por falar na Casa do Congresso, lá eram duas: Magda Mofatto (PL) e Flávia Morais (PDT). Além delas, que foram reeleitas, outras quatro garantiram cadeira.
Ou seja, dos 17 deputados eleitos no pleito de outubro para os próximos quatro anos para a Câmara Federal, seis foram mulheres. O nome mais bem votado foi, inclusive, da apresentadora de televisão Silvye Alves (União Brasil), que obteve 254,6 mil votos, deixando para trás caciques nas disputas por um espaço em Brasília.
Neste último pleito, além de Silvye, que virou um rosto popular e familiar do partido do governador reeleito Ronaldo Caiado (União Brasil) e as duas reeleitas, terão mandato: as, atualmente, deputadas estaduais delegada Adriana Accorsi e Lêda Borges, e a vereadora de Rio Verde, Marussa Boldrin (MDB).