Um novo nome tem sido ventilado, nos bastidores da política goiana, como alternativa para o eleitor goianiense em 2024. Trata-se de mais uma mulher: a deputada federal Silvye Alves. A leitura é que Silvye tem potencial para mergulhar na disputa e concorrer em condições de igualdade com os grandes players. A votação expressiva alcançada em 2022, aponta para um capital político que pode ser potencializado caso viabilize um mandato de entregas nos próximos dois anos.  

O que mais chama atenção, porém, é o crescimento exponencial do número de mulheres que flertam com a disputa. Goiânia, por sinal, nunca foi comandada por uma mulher. Cenário que, ao que tudo indica, nunca esteve tão próximo de ser revertido.

O HOJE mostrou, inclusive, a pluralidade de nomes já ventilados para 2024. Reportagem assinada pelo jornalista Francisco Costa e publicada em 1° de fevereiro, apontou um cenário com  ao menos quatro nomes no páreo: Aava Santiago (PSDB), Sabrina Garcez (Republicanos), Ana Paula Rezende (MDB) e Adriana Accorsi (PT). 

No caso de Sabrina, interlocutores dizem que parlamentar atua discretamente para fortalecer seu nome. Ela, claro, teria que trocar de legenda, uma vez que o prefeito Rogério Cruz é filiado ao Republicanos e também trabalha para disputar a reeleição. Contudo, conforme apurado, a questão da mudança partidária dependerá de como Cruz chegará ao fim do ano. Isso porque o  prefeito busca melhorar a imagem junto à população. 

Também vereadora, Aava Santiago é presidente Metropolitana do PSDB e tem proximidade com o ex-governador Marconi Perillo, presidente estadual da sigla. Jovem, ela pode ser o nome da renovação do partido em Goiânia. Além disso, a parlamentar está em alta. Declarou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda durante o segundo turno e participou da equipe de transição.

Apesar de negar que tem intenções na disputa, Accorsi é cotadíssima. Com a vitória de Lula, o PT deve vir forte em 2024. E o nome mais provável, claro, é o da deputada federal. Ela já disputou o paço duas vezes, tendo terminado em terceiro lugar em 2020. 

Como mencionado, ela já disse em mais de uma ocasião que cumprirá os quatro anos de mandato na Câmara Federal em respeito aos seus mais de 96,7 mil eleitores. Mas nada impede que a sigla tente convencê-la do contrário – inclusive, pode haver um pedido do próprio Lula, que é próximo da goiana e foi quem solicitou que ela concorresse como deputada federal. 

Discreta, a filha de Iris Rezende também pode entrar na corrida eleitoral de 2024. Nos bastidores, Ana Paula Rezende já é debatida como sucessora do pai. Ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), ex-secretário de Goiânia e amigo de Iris por cerca de 40 anos, Paulo Ortegal (MDB) diz que o partido quer o nome dela no próximo pleito municipal. 

A eleição de 2024 será marcada por um vácuo de poder em Goiânia. Sem Iriz e Maguito Vilela, a capital perde suas principais lideranças. O cenário é visto como uma oportunidade de uma nova força ascender. 

Além das cinco mulheres, diversos candidatos buscarão preencher esse vazio – afinal, não existe vácuo de poder. Outro nome com potencial é o do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que já disputou o segundo turno duas vezes na capital – contra Iris e contra Maguito. Praticamente certo como presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil) deve buscar o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) para concorrer ao cargo, o que poderia prejudicar os planos de Silvye caso a parlamentar bata o martelo e decida, de fato, concorrer.