É possível que o substituto de Clécio Alves (Republicanos) na 1ª vice-presidência da Câmara de Goiânia ocorra nesta semana. O ex-vereador deixou a Casa e assumiu mandato como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e o cargo ficou vago – e cobiçado. Um dos principais nomes na disputa é Léo José (Republicanos), que assume estar na disputa.

Ao Jornal O Hoje, ele afirma que a decisão depende do presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota). Além dele, está no páreo o vereador Geverson Abel (Avante), “Estou na disputa, mas a situação depende do presidente. Hoje ele tem uma unidade dentro da Câmara que há muitos anos não era vista. Então, eu fico no aguardo do desfecho”, expõe Léo. 

O parlamentar, todavia, diz que tem conversado tanto com Romário quanto Geverson. Ao presidente, ele afirma que expôs que o nome dele seria importante no cargo. José é do mesmo partido do prefeito Rogério Cruz, o Republicanos. Nesse sentido, ele buscaria uma melhor interlocução entre os Poderes.

“É importante pacificar os Poderes. Como o próprio presidente [Romário] disse, existem muitas interferências na prefeitura, na relação entre os dois. Sou amigo do Rogério e do Romário. Então, essa quantidade de pessoas no meio, com conversas, atrapalha a relação dos dois”, argumenta. “Eu posso contribuir para melhorar essa relação. Como ponte de diálogo. Romário e Rogério são amigos.”

O Jornal O Hoje também tentou contato com Geverson, mas não teve sucesso. O vereador também desponta como cotado, como mencionado. Junto com Léo, ele estaria entre os favoritos. 

Posse

Em 2 de janeiro, vale lembrar, a Câmara deu posse à atual mesa com mandato até o final de 2024. Na ocasião, o vereador Romário Policarpo (Patriota) assumiu a presidência pela terceira vez.

“Tenho a honra de dizer que entro para a história dessa cidade como o único que foi presidente por três vezes consecutivas”, disse Policarpo durante a sua fala. “Continuaremos nessa Casa trabalhando em prol da sociedade goianiense”, completou.

A nova mesa conta com um 4º vice-presidente, Leia Klebia (PSC), e um corregedor, Joãozinho Guimarães (Solidariedade). 

Imbróglio 

Por meses, Policarpo se viu diante da possibilidade de perder a cadeira. A recondução antecipada do vereador à presidência foi contestada por adversários políticos na Justiça. A discussão chegou ao STF que, na contramão do esperado pelos autores da ação, entendeu que a reeleição foi legal. 

“Não cabe a quem tem poder governar com ódio, mas não me peçam para esquecer o que eu vivi nos últimos três meses”, parafraseou o petista que publicou a mensagem no Twitter sobre os acontecimentos que o levaram para prisão em 2018. Segundo Policarpo, por quase três meses ele foi vítima do velório mais longo da cidade. 

“Tentaram distribuir meu patrimônio político, mas a Justiça foi feita”, reforçou e completou: “Tudo que foi dito chegou a mim. E tudo será lembrado.”

Ainda em sua fala, que soou como um desabafo sem deixar de lado um gostinho satisfatório da vitória, ele alertou: “Tentaram me retirar de uma eleição legítima e acabaram me dando a possibilidade de mais uma.”