Que atire a primeira pedra quem, pelo menos uma vez, não tenha se sentido um pouco confuso na hora de escolher uma cerveja, seja na gôndola do supermercado ou em uma loja virtual.

Com mais de 150 estilos cerveja existentes, sendo cada um deles replicado diversas vezes, por inúmeras cervejarias do Brasil e do mundo, não é de se espantar que muitas vezes o consumidor, principalmente o menos experiente, enfrente dificuldades na hora de escolher um rótulo no meio de tantas opções.

Justamente por esse motivo, cada vez mais o departamento de marketing das cervejarias tem trabalhado seus rótulos, seja na questão estética (chamar atenção é muito importante!), mas principalmente na riqueza de informações. Por conta disso, o rótulo da cerveja pode dizer muito sobre o que o consumidor vai encontrar dentro da garrafa ou lata.

E aqui eu vou deixar algumas dicas simples do que observar neles, para te guiar nesses primeiros passos, afinal, todo mundo merece uma boa cerveja!

ABV: sigla de Alcohol by volume. Literalmente o teor alcoólico da cerveja. Enquanto cervejas mais leves, como as Pilsen por exemplo, tem graduação alcoólica em torno de 5%, existem cervejas de mais de 10% de teor alcoólico, como algumas cervejas dos estilos Imperial Stout e Barley Wine, e alguns exemplares de rótulos belgas. Isso é um grande indicativo de intensidade da cerveja. O ideal é começar com cervejas mais leves para não ser surpreendido por algo que fuja muito do que você está acostumado. Depois, é só ir subindo a intensidade das suas cervejas gradativamente.

IBU: sigla de International Bitterness Unit e se refere ao amargor da cerveja. A escala de IBU vai de 0 a 120, sendo 120 o limite que o paladar humano consegue perceber. Porém, qualquer coisa acima de 40 IBU’s já tem um amargor expressivo. Sabe aquele IPA que vc eventualmente deve ter provado? Pois é, muito provavelmente ela tenha um mínimo de 50 IBU’s.

EBC: sigla para European Brewing Convention e diz respeito à cor da cerveja. A cor da bebida pode nos dar uma ideia bastante ampla dos sabores e aromas que encontraremos no líquido. Pra exemplificar: uma cerveja de 10 EBC, como uma Munich Helles, é dourada e pode ter notas de pão branco. Uma cerveja com 30 EBC (uma Red Ale por exemplo) vai ser mais avermelhada, podendo entregar um perfil caramelado. Já uma cerveja de 80 EBC vai ser preta com aromas e sabores que podem remeter a café e chocolate, como uma clássica Dry Stout irlandesa.

Sugestão/dica de harmonização: muitas cervejarias informam isso em seus rótulos afim de ajudar os consumidores a combinarem a cerveja com os alimentos mais adequados para que se tenha uma experiência ainda melhor. Então se tiver dúvida na hora da escolha para acompanhar aquele jantar especial, não hesite em consultar o rótulo!

Temperatura de serviço: aqui, a regra é clara! Quanto menor a temperatura de serviço, mais leve e refrescante a cerveja será. Temperaturas de serviço mais altas (entre 8 e 12 graus) já nos dão um indicativo que podemos esperar uma bebida mais intensa e complexa.

Por fim, o que nos dá o maior número de características possíveis é o estilo da cerveja.

Geralmente ele é informado com grande destaque no rótulo. Estilo de cerveja nada mais é que um agrupamento de características sob um nome, de modo que se possa identificar, catalogar e reproduzir as mais diversas variações dessa bebida tão incrível. Uma rápida pesquisa na internet ou mesmo no site da cervejaria pode fornecer um grande leque de informações sobre cada estilo de cerveja.

Siga essas dicas simples e com certeza a sua próxima escolha vai ser muito mais fácil.

Saúde e até a próxima!

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