O processo de qualificação de novos condutores de veículos grandes é essencial para garantir a segurança no trânsito e a preparação adequada dos motoristas para enfrentar os desafios das estradas. Nesse cenário, o simulador do Sest Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) tem se destacado como uma ferramenta fundamental na capacitação e treinamento de condutores em todo o Brasil. Com um programa robusto e estruturado, a ferramenta de direção tem desempenhado um papel vital no processo de formação, contribuindo significativamente para a qualidade e responsabilidade dos novos motoristas.

Para conduzir um veículo é necessário ter apenas o domínio das técnicas básicas. Requer também habilidades de tomada de decisão, compreensão das regras de trânsito, noções de segurança viária e consciência sobre a responsabilidade que acompanha o volante. É nesse contexto que o Simulado do SEST SENAT se insere como um instrumento fundamental para a formação de novos condutores.

Para saber mais sobre essa inovação tecnológica, o Jornal O Hoje foi até as instalações do SEST SENAT conversar com o instrutor de direção Weber Gomes da Costa, que vem qualificando condutores a um bom tempo. Segundo ele, os alunos são direcionados ao SEST SENAT através de empresas parceiras, para qualificar esses motoristas. O aluno também pode pegar as aulas de qualificação por vontade própria, basta ele ter uma das categorias exigidas, que são C, D ou E.

“O foco do simulador é o aperfeiçoamento na condução do motorista. Então ele exige dos condutores a questão do reconhecimento em situações adversas, direção defensiva, transporte seguro de cargas e passageiros”, explica o condutor.

Por tentar trazer uma proximidade da realidade, a maior dificuldade dos alunos, segundo Weber, é que eles tentam encontrar um automóvel de verdade no simulador, e dentro do equipamento os movimentos são bem mais sensíveis do que em um veículo real.

O equipamento oferece um ambiente multissensorial, reproduzindo cerca de seis cenários e 24 tipos diferentes de veículos. Automóveis esse que o motorista é imerso em práticas simuladas que reproduzem diferentes interferências no trânsito.

O instrutor também consegue colocar inúmeras adversidades na pista no momento da simulação, através de uma outra mesa que fica do lado de fora da sala de simulação. Nela é possível que o instrutor crie situações adversas como, embriaguez, sonolência, chuva, pessoas atravessando a rua e entre outras. Na “mesa de adversidades” também tem um cockpit onde Weber consegue interagir com o motorista por meio de um veículo que aparece na tela para o aluno.

Para o Instrutor Weber, o simulador contribui para vários acidentes que podem vir a acontecer na pista. “Tem pessoas que nunca passaram por um estouro de pneu, aqui eu consigo fazer com que o condutor passe por esse tipo de situação”, diz Weber Gomes. “Dependendo do jeito que ele reage, eu parabenizo ou corrijo o modo dele agir, então assim ele vai aprimorando o modo de interagir com as situações adversas que ele nunca viveu”, conclui.

Além da nota do próprio instrutor, o simulador também gera uma nota baseada na condução que o motorista teve durante o processo. Após a conclusão do curso e das áreas aprimoradas, os alunos ganham um certificado, onde fica comprovado a qualificação dos alunos para conduzir um veículo.