Uma mulher trans alega ter sido vítima de violência sexual cometida por um delegado, sendo o incidente registrado durante a madrugada na última sexta-feira (5), após a vítima deixar uma comemoração organizada por um jornalista em uma boate em Goiânia.

Conforme o testemunho da vítima, o delegado ofereceu a ela e a outra mulher uma carona. Contudo, quando ficaram sozinhos, ele a teria conduzido até o compartimento do porta-malas no veículo, onde cometeu o abuso sexual.

A vítima relatou que teria comparecido a uma festa organizada por um jornalista, que encerrou em uma boate em Goiânia, e o delegado estava entre os convidados presentes. Ao final da celebração, o jornalista retirou-se e o delegado ofereceu uma carona tanto para ela quanto para outra mulher.

Inicialmente, o suspeito deixou a outra mulher em sua residência e, posteriormente, dirigiu em direção à casa da vítima. Relata-se que, em determinado momento, ele a conduziu até o porta-malas, onde consumou o abuso sexual. Em seguida, ele a levou de volta para casa, situada no Setor Jaó.

A mulher divide casa com um  amigo, ele contou que ela chegou em casa dopada e bastante ferida. Ele chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a vítima foi levada para um hospital, onde recebeu atendimento médico.

O Amigo afirma que a vítima relatou ter sido ameaçada pelo delegado. Pela manhã, ela ainda ligou para o jornalista para contar sobre o caso e foi aconselhada a não denunciar o crime, por conta da influência do delegado. O amigo foi quem a incentivou a procurar justiça. O jornalista também deverá ser ouvido pela polícia.

Em nota, a Polícia Civil informou que, assim que tomou conhecimento do caso, adotou todas as medidas necessárias para seu esclarecimento, sendo o fato investigado pela Delegacia da Mulher (Deaem) com auxílio e acompanhamento da Corregedoria.