Novo Selo proporciona reconhecimento a produtos indígenas, agricultura familiar e artesanais, destacando sua origem diversificada
Iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar busca valorizar e identificar produtos indígenas, agricultura familiar, extrativistas e artesanais
Produtos oriundos de comunidades indígenas, agricultura familiar, extrativistas e artesanais no Brasil ganharão uma marca distintiva de sua origem. O recém-anunciado Selo Indígenas do Brasil, detalhado em uma portaria interministerial publicada no Diário Oficial da União em 5 de janeiro de 2024, é uma iniciativa liderada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Este selo visa proporcionar reconhecimento e autenticidade a produtos provenientes dessas comunidades diversificadas.
Segundo o MDA, tanto produtores individuais quanto associações, cooperativas ou empresas que utilizem matéria-prima de origem indígena podem adotar o Selo Indígenas do Brasil. No entanto, a aplicação requer acordo prévio com a comunidade envolvida. A solicitação do selo exige informações detalhadas, incluindo a identificação da terra indígena, aldeia, etnia e nome dos produtores, além da apresentação de uma declaração de conformidade com as legislações ambientais e indigenistas.
A aplicação do selo é um processo que envolve a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), exigindo requerimento e ata de reunião com a anuência da comunidade. Com uma validade de cinco anos, o selo pode ser renovado seis meses antes do vencimento, desde que toda a documentação necessária seja apresentada. Isso visa garantir a consistência e autenticidade ao longo do tempo.
A lista dos produtores autorizados a utilizar o selo estará disponível nos sites do MDA e da Funai, bem como nas coordenações regionais da fundação. Essa divulgação visa não apenas reconhecer os produtores, mas também permitir que os consumidores identifiquem e apoiem produtos autênticos provenientes dessas comunidades.
A portaria também prevê a disponibilização de manuais sobre a produção, aplicação, propaganda e materiais de divulgação dos selos. Essa abordagem holística visa não apenas criar um selo, mas também promover práticas sustentáveis e valorização da identidade cultural dessas comunidades, reforçando a importância desses produtos na diversidade econômica do país.