Estudo revela enormes emissões de gases em Gaza
Bombardeios israelenses geram pegada climática alarmante, superando emissões de países vulneráveis
Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos e estadunidenses revelou que os bombardeios israelenses em Gaza estão deixando uma marcante pegada climática global. Nos primeiros dois meses do conflito, as emissões de gases na atmosfera superaram a soma anual de todos os 20 países mais vulneráveis às mudanças climáticas.
O levantamento, divulgado pelo jornal britânico The Guardian, aponta que o massacre em Gaza já resultou em cerca de 23 mil mortes, mas o estudo vai além, destacando os “custos climáticos da guerra” que não podem ser ignorados.
Segundo a pesquisa, as emissões de dióxido de carbono relacionadas ao conflito totalizaram 281 mil toneladas, sendo 99% atribuídas às ações israelenses, incluindo voos militares, ataques de artilharia e outros. Em contraste, os foguetes lançados pelo Hamas contribuíram com 713 toneladas.
Os pesquisadores alertam que o impacto climático pode se agravar durante a reconstrução de Gaza, prevendo emissões que ultrapassarão o total anual acumulado por mais de 130 países. Este cenário ressalta a necessidade de considerar não apenas as consequências humanas, mas também os efeitos ambientais de conflitos armados.