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domingo, 22 de dezembro de 2024
Reserva Natural

Parque Estadual da Serra de Jaraguá comemora seus 26 anos com fortalecimento do Caminho de Cora

Parque possui extensão de dois mil hectares com trilhas, cachoeiras e voo de parapente

Postado em 13 de janeiro de 2024 por João Reynol
Todo ano

A vida respira o ar fresco dentro do Parque Estadual da Serra de Jaraguá (PESJ) em seus mais de 28 milhões de metros quadrados (m²) desde antes de sua criação em 1998. Situado a pouco menos de 20 quilômetros (km) do município de Jaraguá, região central do Estado, fica também a pouco mais de duas horas de viagem de carro de Goiânia. Com hospedagens como Hotel Thaurus e Hotel Tigo Boa Vista cobram em média R$ 100 por adulto, os casais e familiares podem passar o fim de semana no município e conhecer a reserva natural. 

Além do parque, o município também possui valor turístico cultural e ambiental por estar incluso no Caminho de Cora Coralina. Em especial, é comemorado neste sábado (13) os 26 anos da criação do PESJ, pela sua importância ambiental, turística e histórica. Com R$ 300, excluindo a gasolina do tanque, casais podem desfrutar tanto do parque ecológico quanto de Jaraguá.

Segundo Mariana Moura, Superintendente de Unidades de Conservação da Secretaria Estadual Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o parque possui exposições especiais para os praticantes do Caminho de Cora Coralina. “Preparamos uma peregrinação temática por todo o Caminho de Cora, dentro do parque nós instalamos homenagens e poesias de Ana Lins dos Guimarães (Cora Coralina)”.

Rodrigo Arantes, chefe do PESJ, comenta que todo o parque é banhados pela bacia do Tocantins, a unidade de conservação é uma importante reserva hídrica estadual de onde nascem mananciais como a Bacia Tocantins.“O parque possui 24 cursos hídricos que nascem na serra, por causa disso é um grande repositor de água principalmente da microbacia do Rio das Almas”. Além disso, é lar de dezenas espécies de animais nativos do cerrado como lobo-guará, carcará, tamanduá bandeira, tapir e tatu canastra. 

Para Rodrigo, também possui um importante papel no turismo ecológico, como as trilhas de caminhadas que conectam o parque a atrações ambientais como a Cachoeiras do Poção, também dispõem de grupos de trilha e caminhada dedicados de fácil acesso aos integrantes com mais de 600 participantes em quatro grupos. Ainda disse que conta com a numerosa presença de integrantes do esporte de voo parapente com mais de 1600 praticantes todo ano.

O parque também cresceu sob efeito da criação do Caminho de Cora Coralina que interliga todo o estado em 300 quilômetros de percurso, é composto pelo caminho percorrido pelos bandeirantes fizeram na época da exploração. Por causa disso, possui uma sede de apoio aos participantes com local para descanso, água, energia elétrica e wi-fi. “A criação do Caminho de Cora fortaleceu muito o turismo da região porque passa por caminhos antigos da era da exploração do ouro. Tem uma estrada de 200 anos, por exemplo”.

Também por causa disso, há dois sítios arqueológicos, incluindo um datado da pré-história brasileira de mais de 300 anos atrás. O primeiro faz parte das ruínas do Engenho São Januário, que foi uma tentativa de proprietários rurais da região no fim do século XVIII de recuperar a economia local após o fim do ciclo do ouro. “O engenho é do Séc XVIII mas foi predominantemente destruído na década de 1930. Foi responsável por fornecer blocos de granitos para a construção da Barragem de Jaraguá”, diz Rodrigo.

O segundo sítio arqueológico faz parte da coletânea de expressões artísticas do povo indígena extinto de Aratu. “Chamado de Petroglifo de Jaraguá, é uma pedra com painéis de gravura, foi muito estudado em 1975”.

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