Suspeita de envenenar mãe e filho tem prisão convertida para preventiva
A advogada passa a responder por 4 homicídios, sendo dois consumados e dois tentados
Conforme divulgado nesta quinta-feira (18), a Justiça do Estado de Goiás modificou a prisão temporária da suspeita de envenenar a avó e o pai de seu ex-namorado para prisão preventiva. Com isso, a suspeita ficará detida sem prazo determinado e terá que responder ao processo enquanto estiver presa. A advogada de 31 anos, se tornou ré pelos crimes de duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio, em Goiânia.
Ela é acusada de matar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, envenenados com bolos de pote; além de também ter oferecido os alimentos contaminados para outros familiares do ex-namorado.
O jornal O Hoje teve acesso ao documento contendo a decisão judicial em relação ao caso para apurar as circunstâncias dos homicídios de Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves e dos homicídios tentados contra o avô e tio do ex-namorado da acusada.
O documento aponta que a liberdade da denunciada atenta contra a ordem pública e repercute de maneira danosa e prejudicial ao meio social em que vivemos, já que, em liberdade, a mesma poderá encontrar os mesmos estímulos à prática delituosa. Evidenciando que é possível inferir que a periculosidade da acusada está presente devido à combinação da gravidade concreta com o modus operandi dos crimes.
A Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás nesta quinta-feira (18). A decisão também acatou o pedido de que acusada continue presa de forma preventiva. Agora, será aberto um prazo para que os advogados dela apresentem defesa.
Sobre o caso
A advogada, aparentemente, se aproveitou da relação de hospitalidade de forma premeditada, servindo alimentos envenenados às vítimas Luzia Tereza Alves, Leonardo Pereira Alves, o avô e tio do ex-namorado, possivelmente com o objetivo de causar intenso sofrimento a ele após o término do relacionamento.
O documento também destaca que a denunciada, possivelmente, forjou situação de gravidez falsa para envolver seu ex-namorado e seus familiares, método este também utilizado para ludibriar terceiras pessoas em ocasião anterior. Ainda, de acordo com as investigações, a denunciada teria efetuado a compra da substância tóxica no dia 08/12/2023 e teria realizado pesquisas sobre seu uso, de modo que a utilização da substância infligiu intenso sofrimento e agonia às vítimas Leonardo e Luzia, as quais vieram a óbito rapidamente após a ingestão dos alimentos envenenados