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sábado, 28 de dezembro de 2024
Mudanças Partidárias

Solidariedade, o ‘plano B’ de Rogério para as eleições deste ano

Partido é dirigido por integrante do alto escalão de Cruz e foi alçado ao rol dos protagonistas da política goianiense nos últimos meses

Postado em 19 de janeiro de 2024 por Felipe Cardoso
As mudanças partidárias também podem estar relacionadas a estratégias eleitorais e acordos políticos entre diferentes legendas | Foto: Divulgação

Os políticos podem mudar de partido às vésperas das eleições por diversos motivos. Alguns buscam melhores condições para concorrer, como mais apoio político, maior visibilidade ou uma coligação que seja mais vantajosa. Outros mudam devido a desentendimentos internos, divergências ideológicas ou insatisfação com a direção. As mudanças partidárias também podem estar relacionadas a estratégias eleitorais e acordos políticos entre diferentes legendas.

Na maioria dos casos, as mudanças visam fortalecer a posição do agente político em relação à sua candidatura e alianças. Com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), a situação não poderia ser diferente. Cada vez mais experiente, especialmente depois de quase quatro anos à frente da principal prefeitura do Estado, Cruz se tornou um player importante no processo político goianiense. Como tal, agirá em busca não apenas de sua viabilidade para as eleições que se aproximam, mas, sobretudo, da recondução ao cargo que ocupa.

O prefeito tem trabalhado incansavelmente por apoio político. Intensificou, desde o final do ano passado, o número de obras na capital, assim como as visitas e reuniões em regiões estratégicas da cidade. Ele também resolveu os conflitos com a Câmara Municipal, que pode, inclusive, aprovar um empréstimo milionário para garantir fôlego ao caixa e financiamento de obras importantes.

Cruz tem feito o possível para mostrar que tem condições de continuar à frente do Executivo goianiense e sonha, inclusive, com o apoio do governador Ronaldo Caiado. Em entrevista recente ao jornal O Hoje, o prefeito afirmou que todos querem a bênção do governador e ele não é exceção. 

“Ele me disse que se eu me viabilizasse, o que entendo perfeitamente, caminharemos juntos. Então vamos fazer uma análise, vamos fazer estudos. Posso estar com a máquina na mão, mas se não tiver viabilidade para isso, vou fazer campanha para que? Para me desgastar? Se não tiver viabilidade vou ‘tirar o pé’. Mas se tiver, vamos em frente. O governador tem, hoje, mais de 80% de aprovação. Ele vai colocar a mão em qualquer um? Não vai. Ele está corretíssimo”, disse depois de lembrar que apoiou o governador em seu projeto de reeleição, em 2020.

Apesar da certa distância em relação à disputa de outubro, uma fonte ligada ao prefeito disse à reportagem que Rogério já tem um ‘plano B’ caso não encontre o apoio esperado no próprio partido. O caminho mais provável seria, segundo o interlocutor, o Solidariedade. O presidente da sigla e figura do alto escalão do time de Rogério na prefeitura, Denes Pereira, “abrirá as portas” para que Rogério dispute caso encontre resistência em sua própria casa.

O Solidariedade, vale lembrar, chegou a sete vereadores em Goiânia e ultrapassou a bancada do MDB, que possui seis. Estão filiados pela legenda os parlamentares: Anderson Sales, Bill Guerra, Gabriela Rodart, Igor Franco, Joãozinho Guimarães, Leandro Sena e Ronilson Reis. O presidente da legenda em Goiás afirma que quem se filiar sabe que o Solidariedade vai apoiar o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). E mais: que novos nomes estão a caminho. 

Sobre estar na base de Rogério, o presidente do Solidariedade diz não se tratar de uma imposição e garante que dissidentes não serão expulsos do partido. “Após a filiação, vamos conversar para trazer para mais perto, mas sempre respeitando a posição de cada um. Nada é imposto. Quem vem sabe que o Solidariedade vai apoiar o prefeito Rogério. Mas não temos unanimidade em lugar nenhum na vida, né?”, indagou, bem humorado, ao repórter Yago Sales. 

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