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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Melhoria

Desmatamento na Amazônia registra queda de 62% em 2023, aponta Imazon

Os dados são provenientes do monitoramento por imagens de satélite realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), e revelam que este é o menor índice registrado desde 2018

Postado em 27 de janeiro de 2024 por Tathyane Melo
Os dados são provenientes do monitoramento por imagens de satélite realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)

O desmatamento na Amazônia, ao considerar a área total e não apenas locais de proteção ambiental, apresentou uma queda de 62% em 2023, em comparação com o ano anterior. Os dados, divulgados na última segunda-feira (22), são provenientes do monitoramento por imagens de satélite realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), e revelam que este é o menor índice registrado desde 2018. Além disso, áreas protegidas na Amazônia Legal atingiram o menor índice de desmatamento em nove anos, indicando um importante avanço na preservação ambiental.

A Amazônia Legal, que abrange 59% do território brasileiro e engloba nove estados, Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão, testemunhou, em 2023, um marco no combate ao desmatamento. A análise dos dados revela que, no ano passado, foram derrubados 386 km² de floresta em terras indígenas e unidades de conservação. Essa área é equivalente ao tamanho da cidade de Belo Horizonte (MG), representando uma redução de 73% em relação aos 1.431 km² registrados em 2022.

Contextualizando os números

Os números divulgados pelo Imazon são claros: em 2022, a área desmatada totalizou 10.573 km², enquanto, em 2023, esse número foi substancialmente reduzido para 4.030 km². Apesar dessa redução encorajadora, é importante destacar que a derrubada diária de vegetação ainda representa cerca de 1,1 mil campos de futebol por dia. Segundo o relatório, a preocupação se acentua ao observar a degradação, que em dezembro atingiu 108 km², quase 10 vezes mais que o desmatamento.

A Imazon ressalta que os satélites utilizados em seu monitoramento são mais refinados do que os sistemas governamentais, permitindo a detecção de áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) consideram áreas maiores, superiores a 3 hectares. 

No âmbito estadual, Pará, Amazonas e Mato Grosso permanecem no topo da lista de estados que mais desmataram em 2023. No entanto, apenas Roraima, Tocantins e Amapá registraram aumento na destruição. 

Terras indígenas e unidades de conservação

O desmatamento em terras indígenas em 2023 apresentou uma queda de 52% em comparação com o ano anterior, marcando a menor área desmatada desde 2017. Apesar da redução, algumas terras indígenas, como Igarapé Lage, em Rondônia, e Waimiri Atroari, na divisa do Amazonas, testemunharam aumentos de 300% no desmatamento. Já as terras Yanomami enfrentaram um crescimento de 150%.

As unidades de conservação na Amazônia registraram, em 2023, o menor índice de desmatamento em nove anos, desde 2014. A diminuição do desmatamento nessas áreas foi ainda mais expressiva que a queda geral, atingindo 77% em comparação com 2022. As áreas federais lideraram a redução, com uma queda de 79%, enquanto as áreas estaduais registraram uma diminuição de 75%.

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