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sábado, 23 de novembro de 2024
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Operação Vigilância Aproximada

General Heleno intimado a depor sobre esquema de informações ilegais na Abin

Ex-chefe do GSI deve prestar depoimento à PF na próxima terça-feira (6)

Postado em 31 de janeiro de 2024 por Vitória Bronzati
General nega qualquer envolvimento no esquema de espionagem | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, foi intimado a prestar depoimento na próxima terça-feira (6) no âmbito da Operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal, que apura a produção de informações ilegais dentro da Abin.

A investigação aponta para a existência de um esquema que teria sido montado durante a gestão de Jair Bolsonaro para fornecer dados sigilosos e produzir relatórios falsos para beneficiar o governo e aliados.

Heleno, que comandava o GSI à época, era o superior hierárquico da Abin e, portanto, pode ter conhecimento sobre o esquema. A intimação para depor foi expedida pela PF após a análise de mensagens obtidas em celulares apreendidos durante a operação, que indicam a participação de assessores do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente, na obtenção de informações ilegais da agência.

Operação mira “principais destinatários” de informações ilegais

A Operação Vigilância Aproximada deflagrada nesta segunda-feira (29) pela PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a 13 investigados, incluindo Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro, Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA). O objetivo é identificar os “principais destinatários e beneficiários” das informações produzidas clandestinamente pela Abin.

Segundo a PF, as mensagens interceptadas revelam que os assessores de Carlos Bolsonaro usavam servidores da Abin para obter dados sigilosos sobre adversários políticos, como endereços, telefones e informações bancárias.

Investigação pode ter impacto nas eleições de 2024

A investigação sobre o esquema de espionagem na Abin pode ter impacto nas eleições presidenciais de 2024. Jair Bolsonaro, que ainda não oficializou sua candidatura, é um dos principais alvos da PF.

A PF investiga se o esquema foi usado para beneficiar o ex-presidente e seus aliados durante a campanha eleitoral de 2022.

O general Heleno negou qualquer envolvimento no esquema de espionagem. Em nota, ele disse que “jamais teve conhecimento de qualquer atividade ilegal na Abin” e que “está à disposição da Polícia Federal para prestar todos os esclarecimentos necessários”.

Com informações da Agência Brasil

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