STF mantém prisões de investigados pela PF, incluindo Valdemar Costa Neto e Filipe Martins
Alvo de operação que investiga possível golpe de Estado, presidente do Partido Liberal (PL) e o ex-assessor para assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro foram presos ontem (8) | Foto: Reprodução/Redes sociais
Na última quinta-feira (8), a deflagração da operação “Tempus Veritatis” culminou na prisão de nomes como Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), e Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro. Ambos passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (9). Segundo a Polícia Federal (PF), Costa Neto foi preso por posse ilegal de arma e usurpação mineral, enquanto Filipe teria sido o responsável por levar a minuta relativa ao golpe ao ex-presidente Bolsonaro.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou, então, a manutenção das prisões.
Filipe Martins
A defesa de Filipe alegou ilegalidade na manutenção da prisão e na audiência de custódia, argumentando que prazos previstos pela legislação brasileira não haviam sido cumpridos.
“Apesar de estar submetido a uma prisão ilegal, desprovida dos requisitos básicos para a imposição da prisão preventiva, e após uma audiência de custódia realizada em desconformidade com os prazos estabelecidos pela legislação, o Sr. Filipe Garcia Martins Pereira continua privado de sua liberdade”, exprimiram os advogados João Vinícius Manssur e William Janssen.
Valdemar Costa Neto
Sobre a manutenção da prisão, a defesa de Costa Neto ainda não se pronunciou. Entretanto, alegaram que a prisão era infudada, visto que a arma apreendida ontem (8) pertence ao filho de Valdemar e a pepita de ouro encontrada é uma “relíquia”.
“A defesa do presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência”, disse a defesa, em publicação feita pelo PL nas redes sociais.