Solidariedade caminha a passos largos rumo ao protagonismo político
Recentemente o partido aumentou exponencialmente o número de vereadores, chegando a maior bancada da Câmara Municipal
Em um passado não muito distante, precisamente em 13 de dezembro de 2023, a reportagem do O HOJE mostrou que o Solidariedade se tornava a maior bancada de vereadores da Câmara Municipal de Goiânia. Comandado por Denes Pereira, figura do alto escalão da gestão Rogério Cruz (Republicanos), é inegável que a sigla tem caminhado a passos largos rumo a seu melhor momento político já em 2024.
Prova disso, é que o partido ultrapassou em número de vereadores a bancada do MDB, o mais tradicional dos partidos políticos da capital. Estão filiados pela legenda os parlamentares: Anderson Sales, Bill Guerra, Gabriela Rodart, Igor Franco, Joãozinho Guimarães, Leandro Sena e Ronilson Reis.
E não parou por aí. A expectativa, agora, é de que na próxima quarta-feira, 6, o quadro do Solidariedade ganhe um novo reforço. É esperada para esta data a filiação de um político de peso. Desta vez, um deputado estadual. Trata-se de Gugu Nader, representante da região Sul do estado. O político foi eleito deputado estadual com mais de 21 mil votos nas eleições de 2022. Do total, vale destacar, mais de 20 mil votos vieram de Itumbiara. Sua filiação à sigla leva o Solidariedade a quatro nomes na Assembleia Legislativa de Goiás (Cristiano Galindo, Julio Pina e Wagner Camargo Neto, o último deles presidente da principal Comissão da Casa, a de Constituição, Justiça e Redação).
O parlamentar alcançou o mandato por meio do Agir. Agora, ele deixa o partido tendo em vista um plano ousado, mas um tanto quanto possível: o de se tornar prefeito da cidade a partir das eleições deste ano. Com isso, sua nova morada, o Solidariedade, ganha, mais uma vez, um nome altamente competitivo, influente e capaz de somar esforços para colocar o partido entre os protagonistas da política goiana a partir do pleito que se aproxima.
O suporte dado pelo prefeito Rogério Cruz permitiu a Denes não só ampliar os quadros do partido como projetar uma legenda forte para as eleições deste ano. O próprio secretário disse ao jornal O HOJE em dezembro do ano passado que trabalha por uma chapa intermediária, onde não serão necessários tantos votos para terminar vitorioso — como as comumente formadas pelo MDB, por exemplo —, e que alcance, paralelamente, uma quantidade significativa de eleitos. Quanto a isso, vale destacar, o n° 2 de Rogério tem experiência. Em 2022 ele presidia o PRTB, que tinha três deputados e elegeu quatro. “Faltou muito pouco para o quinto”, comentou à época.
Ligação umbilical
Na capital, comenta-se nos bastidores, que o partido tem uma ligação quase que umbilical com o prefeito. Isso, por sinal, pode ser traduzido pelas declarações do próprio presidente que argumenta que quem filia ao partido sabe que a sigla está fechada com Rogério. “Após a pessoa filiar, vamos conversar para trazer para mais perto, mas sempre respeitando a posição de cada um. Nada é imposto. Quem vem, sabe que o Solidariedade vai caminhar com o prefeito Rogério. Mas não temos unanimidade em lugar nenhum na vida, né?”, questionou, na mesma entrevista, de bom humor.
Diante do protagonismo político alcançado pelo partido na capital, circularam rumores, inclusive, de que o prefeito teria a sigla como um plano B em 2024. Naturalmente, os interessados na disputa que se aproximam buscam as melhores condições para concorrer. No caso do prefeito não poderia ser diferente.
Cada vez mais experiente, especialmente depois de quase quatro anos à frente da principal prefeitura do Estado, Cruz se tornou um player importante no processo político goianiense. Como tal, agirá em busca não apenas de sua viabilidade para as eleições que se aproximam, mas, sobretudo, da recondução ao cargo que ocupa.
No início de janeiro, a reportagem mostrou que uma fonte ligada ao prefeito disse que Rogério já teria um ‘plano B’ caso não encontrasse o apoio esperado no próprio partido. O caminho mais provável seria, segundo o interlocutor, o Solidariedade.