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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Esclarecimentos

“A questão do IMAS está só começando”, diz Kátia após prestação de contas da pasta 

Presidente da Comissão de Saúde considerou que o Instituto enfrenta um “problema de gestão” e que relatórios apresentados não são claros o suficiente

Postado em 9 de março de 2024 por Felipe Cardoso
Diante da falta de transparência

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia recebeu, na última sexta-feira, 8, o presidente do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Marcelo Marques Teixeira. O titular compareceu à Casa depois de ter sido convocado a prestar esclarecimentos sobre a crise enfrentada pelo órgão, bem como as ações adotadas com o objetivo de sanar cada um dos problemas. 

Minutos antes do encontro, a presidente da Comissão, vereadora Kátia Maria (PT), falou com a imprensa. Na ocasião, ela considerou que o Instituto sofre uma crise que se arrasta há anos. “Nosso foco é garantir aos usuários do Imas, que são os trabalhadores da prefeitura, que eles tenham o atendimento à saúde assegurado. Na medida em que você tem uma dificuldade financeira ali e não paga aos prestadores, esses serviços terminam suspensos”, explicou.

A parlamentar considerou que a prestação de contas faz parte de um princípio da transparência e permite que a Câmara não apenas acompanhe, mas cumpra sua atribuição legal: a de fiscalização. No entanto, o resultado do encontro, ao que tudo indica, foi um tanto quanto desanimador. Ao término da reunião, em uma nova conversa com a imprensa, a petista lamentou a falta de informações básicas que levem os técnicos a entenderem a real situação da pasta. 

“Ficou muito claro para mim que o problema é de gestão. Faltam dados, falta transparência, faltam mecanismos, como é que pode um Instituto de Saúde da capital do Estado ser feito com planilhas de Excel? Então precisa ter uma modernização, precisa investir. (…) nós convocamos uma outra reunião da Comissão de Saúde com a presença do Secretário de Finanças e do Secretário de Administração”, disse. 

Segundo a vereadora, o encontro será no próximo dia 18 de março e terá o objetivo de “checar as informações” prestadas à Casa. “Não há de se falar em aumento de alíquota, não há de se falar em construção de hospital sem antes resolver o básico. O básico é equacionar a receita com a despesa. E isso não está claro, falta mecanismo de gestão dentro do Imas, além da possibilidade de acompanhamento do que é feito”.

O comentário da petista vai na contramão do desejo do presidente do Instituto que não só afirmou que a gestão tem tomado todas as medidas cabíveis para solução dos impasses, como prometeu o envio de projetos que visem ampliar a autonomia da pasta e tirar do papel um hospital do servidor.

“Colocamos a casa em ordem, refizemos os contratos e publicamos uma portaria com pagamento em ordem cronológica. Além disso, estamos fazendo um projeto de lei para melhorar esse déficit orçamentário, sem contar que também temos um projeto de curto prazo: ter um hospital do servidor, que vai melhorar a qualidade do atendimento ao servidor e gerar economia”, disse.

Ao ser questionado sobre os motivos que levaram o Imas a essa situação, disparou: “A situação chegou ao ponto que está hoje por alguns motivos. Primeiro, por um aumento da idade do servidor público. O servidor que aderiu ao Imas hoje tem uma idade média de 55 anos. Isso gera um aumento de gastos com tratamento. Isso foi aumentando os gastos sendo que a receita continua a mesma. Segundo, pelo fator pandemia, que gerou um aumento muito grande de gastos”. Segundo ele, o Instituto também enfrenta problemas trazidos por “gestões anteriores”. 

Em paralelo, o gestor também pontuou que a pasta tem uma “dependência” de outras secretarias. O Imas precisa de uma autonomia para fazer mais e resolver o problema. Para isso, seria necessário uma mudança nas leis, que foram criadas há muitos anos”. 

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